ASPECTOS ANATÔMICOS DA PLACENTA DE ZEBUÍNOS CRIADOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL.
DOI:
https://doi.org/10.5216/cab.v10i1.2250Palavras-chave:
Cordão Umbilical. Placentônio. Útero. Vaca Zebu.Resumo
O trabalho visa analisar as características anatômicas macroscópicas da placenta bovina, Bos taurus indicus, criados na região Oriental da Amazônia, com um perfil de rebanhos regionais mantidos nas condições ambientais e climáticas amazônicas. Coletaram-se úteros gravídicos em diferentes estágios de gestação (quatro a oito meses) de vacas Zebu. Cada peça foi lavada em água corrente e seccionou-se o ligamento intercornual, para separação dos cornos uterinos. Realizou-se uma secção dorsal ao longo da cérvix até o corpo do útero. As membranas fetais ficaram expostas e perfuradas, removendo-se os líquidos fetais e o feto. Inverteu-se a peça para realização da coleta de dados referentes às características morfológicas. Em seguida, fixou-se a peça em solução de formol a 10%, para posterior dissecação. Para contagem total dos placentônios, colocou-se um alfinete individualmente em cada estrutura. O mesmo procedimento foi usado em cornos gestantes ou não-gestantes. Submeteram-se as variáveis quantidade dos placentônios e tempo de gestação à análise estatística. O total de placentônios encontrados nas trinta placentas foi de 2.650, com média de 88,33 por gestação. No corno gestante, encontraram-se 1.602 placentônios, com média de 53,40 por placenta (60,45%), e no corno não-gestante registraram-se 1.048, com média de 34,93 por placenta (39,55%). Em análise do total de placentônios, nas diferentes idades gestacionais, observa-se um aumento gradual na quantidade deles, ressalvando-se que a correlação não foi estatisticamente significativa (r=? 0,2). Os placentônios classificados como pequenos foram predominantes, principalmente nos primeiros meses avaliados. À medida que o período gestacional aumenta, sua quantidade diminui, dando lugar aos médios e grandes placentônios. Assinale-se que essa redução só é estatisticamente significante no corno gestante. A maioria dos placentônios observados foi da forma oval, independente do estágio gestacional. Conclui-se que a morfologia da placenta de zebuínos criados na região Oriental da Amazônia é semelhante à de zebuínos criados em outras regiões com condições climáticas e ambientes diferentes, de modo que a placenta parece não ser influenciada por tais fatores.
PALAVRAS-CHAVES: Cordão umbilical, placentônio, útero, vaca zebu.
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