EXPERIÊNCIAS AUTOETNOGRÁFICAS COM O TRABALHO: a estética da feira

a estética da feira

Autores

  • EGUIMAR FELÍCIO CHAVEIRO Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. eguimar@ufg.br

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v12i1.74843

Palavras-chave:

AUTOETINOBIOGRAFIA

Resumo

Ao recorrer ao expediente metodológico da autoetnografia, o qual valida as experiências dos sujeitos em situações de pesquisa, apresentar-se-á uma interpretação de um texto literário que enfoca a minha experiência de trabalhador na Feira de Trindade-Go. O texto – “A estética da feira”, uma crônica-ensaio, foi feito mediante a aglutinação entre uma crítica à estética performática e o relato da significação da feira que, durante alguns anos, foi o alicerce econômico da minha família. Para a sua consecução, desenvolveu-se uma reflexão do trabalho como operador de vida e como instância que se concretiza espacialmente. A interpretação da experiência de trabalhador informal se concretizou num enlace de escalas, dimensões e atividades de sujeitos. Foram observadas a dimensão econômica da feira, a dimensão espacial, temporal, afetiva e simbólica e os sujeitos diversos. A leitura das dimensões e dos sujeitos permitiram enxergar que a relação entre trabalho, memória e narrativa, estabelecida entre o específico e o universal, revela as condições e as contradições espaço/temporais de Trindade e também da sociedade brasileira. Ao proceder assim a autobiografia, sob a lupa da intepretação teórica, torna-se um aporte de uma etnografia do país, pois a minha experiência pessoal revela-se na experiência da minha família, e de todos os trabalhadores.

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

FELÍCIO CHAVEIRO, E. EXPERIÊNCIAS AUTOETNOGRÁFICAS COM O TRABALHO: a estética da feira: a estética da feira. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 12, n. 1, 2022. DOI: 10.5216/teri.v12i1.74843. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/74843. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS