DIÁLOGOS NA EDUCAÇÃO INDÍGENA: UM OLHAR SOBRE AS ETNIAS GUARANI-MBYÁ DO PARANÁ E TREMEMBÉ DO CEARÁ. DOI: 10.5216/teri.v5i2.38737
DOI:
https://doi.org/10.5216/teri.v5i2.38737Palabras clave:
Educação Indígena, Saberes Ancestrais, Diálogo InterculturalResumen
Este artigo apresenta a Educação Indígena de duas etnias brasileiras: Guarani-Mbyá do Paraná e Tremembé do Ceará, revelando sua historicidade, seus saberes ancestrais e o contexto escolar. Lança também uma reflexão sobre o papel e a dinâmica da escola, que perpassa o ambiente familiar e comunitário. O povo Guarani-Mbyá da Ilha da Cotinga no Paraná tem seu processo educativo baseado nas relações de reciprocidade e na busca por fazer valer seus direitos fundamentais. O povo Tremembé de Almofala no Ceará analisa a sua educação como parte de seu processo de resistência e de luta, que são aspectos presentes na sua espiritualidade. Percebemos que as duas etnias referem-se à educação como uma vivência cotidiana onde o ensino e o aprendizado ocorrem nas relações afetivas que estabelecem entre si, com a natureza e com a sociedade em geral. Concluímos ressaltando que a Educação Indígena Guarani-Mbyá e Tremembé evocam o diálogo intercultural inerente a teia de relações em que estão imersos, e que a escola como um ponto de conexão facilita o posicionamento afetivo, político e espiritual destes povos.