INTERDISCIPLINARIDADE, ECOLOGIA POLÍTICA E COMUNIDADES TRADICIONAIS NA AMÉRICA LATINA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v12i1.74785

Palavras-chave:

Diálogo de saberes, Ecologia Política, Epistemologias latino-americanas, Interdisciplinaridade, Povos e comunidades tradicionais

Resumo

Resumo: A América Latina trata-se de uma região historicamente espoliada, dentro da constituição do sistema mundo, e excluída, em relação ao pensamento social que produziu. Porém, trata-se de uma das regiões com maior biodiversidade e diversidade cultural do mundo, elementos constantemente ameaçados e postos em disputa entre os povos e interesses hegemônicos dos processos da modernidade capitalista. Assim, pretendemos discutir a relevância da interdisciplinaridade, da complexidade e da Ecologia Política nos estudos que envolvem os povos e comunidades tradicionais e a questão ambiental na América Latina. Para isso, seguimos uma abordagem que transita entre o conhecimento tradicional e o científico e que seja capaz de fornecer aspectos para a compreensão da chamada crise ambiental, cujos povos e comunidades tradicionais são sujeitos que tem o potencial de mitiga-la, pois adotam sistemas produtivos menos predatórios. A metodologia, de abordagem qualitativa, tratou-se de uma revisão e análise bibliográfica em que foram utilizados alguns autores clássicos sobre a temática, dando preferência para autores latino-americanos, a fim de nos utilizarmos das abordagens provenientes das epistemologias críticas latino-americanas e do campo da Ecologia Política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BORON, Atílio. Notas sobre a atualidade do imperialismo e a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos. In: LÓPEZ, Emiliano (org.). As veias do Sul continuam abertas: debates sobre o imperialismo em nosso tempo. São Paulo: Expressão Popular, 2020. p. 95-140.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília-DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Decreto nº6040 de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos povos e comunidades tradicionais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm>. Acesso em 14/07/2019.

CASTRO-GOMÉZ. Ciencias sociales, violencia epistémica y el problema de la “invención del otro. In.: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000. p.145-162. Disponível em: <https://www.tni.org/files/download/La%20colonialidad%20del%20saber.%20Eurocentrismo%20y%20ciencias%20sociales.pdf>. Acesso em: 05/07/2019.

CASTRO, Josué de. Subdesenvolvimento: causa primeira da poluição. In: FERNANDES, Bernardo Mançano; PORTO GONÇALVES, Carlos Walter (orgs.). Josué de Castro: vida e obra. 2 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 165-173.

DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Anna. Conhecimento, práticas tradicionais e a etnoconservação da natureza. Desenvolvimento e meio ambiente, v.50, p.116-126, 2019. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/made/article/view/66617/38436>. Acesso em: 20/07/2019.

DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Anna. Ecologia humana e planejamento costeiro. 2. ed. São Paulo: NUPAUP/USP, 2001.

ESCOBAR, Arturo. Territorios de la diferencia: Lugar, movimientos, vida, redes. 2.ed. Popayan: Universidad del Cauca. Sello Editorial, 2015.

ESCOBAR, Arturo. El lugar de la naturaleza y la naturaleza del lugar. In: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000. p.113-144.

ESCOBAR, Arturo. Power and visibility: Development and the invention and Management of the Third World. Cultural Anthropology, v.3, n.4, p.428-443, 1988. Disponível em: <https://pdfs.semanticscholar.org/b3e0/86370f91d77ac0e1a3e5d5509f4b681c15de.pdf>. Acesso em: 05/07/2019.

GOMÉZ POMPA, Arturo. KAUS, Andrea. Domesticando o Mito da Natureza Selvagem. In: DIEGUES, A. C. S. (org.) Etnoconservação: novos rumos para a conservação da natureza. São Paulo: Hucitec/Annablume/Nupaub-USP, 2000. p. 125-148.

LANDER, Edgardo. Ciencias sociales: saberes coloniales y eurocéntricos. In: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000. p.11-40.

LEFF, Enrique. Political Ecology: a Latin American Perspective. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, p. 29-64, 2015. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/made/article/view/44381>. Acesso em: 05/07/2020.

LEFF, Enrique. Complexidade, interdisciplinaridade e saber ambiental. Olhar do professor, v. 14, n.2, p. 309-335, 2011. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/3515>. Acesso em: 22/06/2019.

LEFF, Enrique. Complexidade, Racionalidade Ambiental e Diálogo de Saberes. Educação e Realidade, v.34, n.3, p.17-24, 2009a. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/9515>. Acesso em: 24/06/2019.

LEFF, Enrique. Ecologia, capital e cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Petrópolis: Vozes, 2009b.

LITTLE, Paul Elliott. Ecologia Política como etnografia: um guia teórico metodológico. Horizontes Antropológicos, a. 12, n. 25, p. 85-103, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832006000100005>. Acesso em: 20/04/2019.

LIU, Jianguo; DIETZ, Thomas; CARPENTER, Stephen; ALBERTI, Marina; FOLKE, Carl; MORAN, Emilio; PELL, Alice; DEADMAN, Peter; KRATZ, Timothy; LUBCHENCO, Jane; OSTROM, Elinor; OUYANG, Shiyun; PROVENCHER, Willian; REDMAN, Charles; SCHNEIDER, Stephen; TAYLOR, Willian. Complexity of Human and Natural Systems. Science Magazine, v. 317, n. 14, p. 1513 - 1516, 2007. Disponível em: <https://science.sciencemag.org/content/317/5844/1513/tab-pdf>. Acesso em: 28/06/2019.

MARIÁTEGUI, José Carlos. 7 ensayos de interpretación de la realidad peruana. 3.ed. Caracas: Fundación Biblioteca Ayaucho, 2007. Disponível em: <http://resistir.info/livros/mariategui_7_ensayos.pdf>. Acesso em: 31/07/2019.

MIGNOLO, Walter. La colonialidad a lo largo y a lo ancho: el hemisferio occidental en el horizonte colonial de la modernidad. In: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000. p. 55-86.

MORAN, Emilio. Meio Ambiente e Ciências Sociais: interações homem - ambiente e sustentabilidade. São Paulo: Senac, 2011.

MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 20.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

PORTO GONÇALVES, Carlos Walter. A ecologia política na América Latina: reapropriação social da natureza e reinvenção dos territórios. Revista INTERthesis, v.9, n.1, p. 16-50, 2012. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2012v9n1p16>. Acesso em: 21/02/2021.

PORTO GONÇALVES, Carlos Walter; LEFF, Enrique. Political Ecology in Latin America: the Social Re-Appropriation of Nature, the Reinvention of Territories and the Construction of an Environmental Rationality. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, p. 65-88, 2015. Disponível em: < https://revistas.ufpr.br/made/article/view/43543>. Acesso em: 03/07/2020.

PORTO GONÇALVES, Carlos Walter; QUENTAL, Pedro de Araújo. Colonialidade do poder e os desafios da integração regional na América Latina. Polis: revista latinoamericana, v.11, n.31, p. 295-332, 2012. Disponível em: <https://polis.revues.org/3749>. Acesso em: 23/08/2017.

QUIJANO, Aníbal. Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Revista de estudos avançados, v.19, n.55, p. 9-31, 2005.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER, Edgar (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000. p.201 -246.

Downloads

Publicado

2022-12-30

Como Citar

BONFÁ NETO , D.; SUZUKI, J. C. INTERDISCIPLINARIDADE, ECOLOGIA POLÍTICA E COMUNIDADES TRADICIONAIS NA AMÉRICA LATINA. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 12, n. 1, 2022. DOI: 10.5216/teri.v12i1.74785. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/74785. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS