EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA E INTERDISCIPLINARIDADE: A CONTRIBUIÇÃO DA DIALÉTICA MATERIALISTA NA DETERMINAÇÃO CONCEITUAL - DOI: 10.5216/teri.v3i1.27316
DOI:
https://doi.org/10.5216/teri.v3i1.27316Keywords:
Interdisciplinaridade, ontologia, materialismo histórico-dialéticoAbstract
O presente trabalho tem por objetivo debater a interdisciplinaridade na educação ambiental, a partir de uma perspectiva crítica, fundada no debate ontológico e epistêmico-político. Para tanto, parte da apresentação de como esta aparece em diferentes conferências e documentos normativos da área, para em seguida fazer a problematização e argumentação, tomando como referência o materialismo histórico-dialético. Por fim, reafirma a validade desta na construção de uma perspectiva crítica interdisciplinar que contemple na apreensão complexa e contraditória do movimento do real e a materialidade dos processos educativos em suas relações, disputas, diálogos e conflitos.Downloads
References
ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação. Petrópolis: Vozes, 1999.
BAVARESCO, Agemir. O Cenário epistemológico da modernidade e as novas configurações epistêmicas. Pelotas, 2001. (mimeo).
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean-Claude. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. 2ª edição. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.
CARVALHO, Isabel Cristina. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004.
COSTA, C. A. S; LOUREIRO, C. F. B. Implicações do método dialético no discurso interdisciplinar: aproximações à luz da práxis ambiental. In: IX Anped Sul, 2012, Caxias do Sul. Anais do XI Anped Sul. Caxias do Sul: UCS, 2012. p. 1-17.
CHASIN, J. Marx: estatuto ontológico e resolução metodológica. In: TEIXEIRA, Francisco José Soares. Pensando com Marx: uma leitura crítico-comentada de O Capital. São Paulo, Ensaio, 1995.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 8ª ed. São Paulo: Gaia, 2003.
FOLADORI, G. Os limites do desenvolvimento sustentável. Campinas: Unicamp, 2001.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. In: JANTSHI; Ari; BIANCHETTI, Lucídio. (Orgs.). Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 25-49.
GONZÁLEZ-GAUDIANO, Edgar. Interdisciplinaridade e educação ambiental: explorando novos territórios epistêmicos. In: SATO, M; CARVALHO, I. (Orgs.). Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 119-133.
GUIMARÃES, M. A Dimensão ambiental na Educação. São Paulo: Papirus, 1995.
GORENDER, Jacob. Apresentação. In: Os economistas. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
JANTSCH, Ari; BIANCHETTI, Lucídio. (Orgs.). Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 2004.
LEFF, Enrique. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001.
LIMA, Maria Jacqueline Girão Soares. Reflexões sobre a prática interdisciplinar na educação ambiental no contexto escolar. s/d.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação ambiental transformadora. In: LAYRARGUES, Philippe Pomier (coord). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental, 2004.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Trajetória e fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.
______. Complexidade e Dialética: contribuições a práxis política e emancipatória em educação ambiental. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 27, n. 94, p. 131-152, jan./abr. 2006b.
______. Problematizando conceitos: contribuição à práxis da Educação Ambiental. In: LOUREIRO, C. F. B; LEROY, J. P. (Orgs.). Pensamento complexo, dialética e Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, 2006c.
______. A Pesquisa-ação participante e Educação Ambiental: uma abordagem dialética e emancipatória. In: TOZONI-REIS, M. (Org.). A Pesquisa-ação participativa em educação ambiental: reflexões teóricas. São Paulo, Botucatu: Annablume, Fapesp, Fundibio, 2007. p. 12-55.
______. Pensamento crítico, tradição marxista e a questão ambiental: ampliando os debates. In: LOUREIRO, C. F. B (Org.). A Questão ambiental no pensamento crítico. Rio de Janeiro: Quartet, 2007b. p. 13-67.
______. A Educação Ambiental no Brasil. Proposta pedagógica. In: Educação Ambiental no Brasil. Ano XVIII, boletim 01, Secretaria de Educação a Distância. MEC, Março de 2008. p. 13-20.
______. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012.
LUKÁCS, G. Ontologia do Ser Social: os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Editora Ciências Humanas, 1979.
MARX & ENGELS WERKE (MEW). Berlin: Dietz Verlag, 1956-1993.47v.
MARX, K. Para a crítica da economia política: Salário, preço e lucro: O rendimento e suas fontes; a economia vulgar. In: Os economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
MIRANDA, Fátima Helena da Fonseca; MIRANDA, José Arlindo; RAVAGLIA, Rosana. Abordagem interdisciplinar em Educação Ambiental. Revista práxis, ano II, n. 4, agosto de 2010. p. 1-6.
MORAN, Edgar. O problema epistemológico da complexidade. Lisboa: Europa-América, s/d.
NETTO, J. P. Capitalismo e Reificação. São Paulo: Ed. Ciencias Humanas, 1993.
PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas: tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: UNESP, 1996.
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2001.
SANCHEZ GAMBOA, Silvio. A Dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 1989. p. 92-115.
SANTOMÈ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
SILVA, Luciana Ferreira. Reflexões sobre interdisciplinaridade e educação ambiental crítica. Pesquisa em debate, edição 11, v. 6, n. 2, jul-dez. 2009. p. 1 - 16.
TAMAIO, Irineu. A Política Pública de Educação Ambiental. In: Educação Ambiental no Brasil. Ano XVIII boletim 01 - Secretaria de Educação a Distância. MEC, Março de 2008. p. 21-29.
TOZONI-REIS, M. A Pesquisa-ação participativa e a educação ambiental: uma parceria construída pela identificação teórica e metodológica. In: TOZONI-REIS, M. (Org.). A Pesquisa-ação participativa em educação ambiental: reflexões teóricas. São Paulo, Botucatu: Annablume, Fapesp, Fundibio, 2007. p. 121-161.
UNESCO. La Educación ambiental: las grandes orientaciones de la Conferencia de Tbilisi. Vendome: Universitaires de France, 1980.