Contribuições do Pensamento de Hannah Arendt para a Compreensão da Ascensão do Bolsonarismo no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v14i1.79836

Palavras-chave:

Ausência de pensamento, Banalidade do Mal, Bolsonarismo

Resumo

O século XXI vem se mostrando um período fértil para a reinvenção de tecnologias de controle fundadas no ódio à diferença, na ode à segregação e no cultivo à estupidez. No que se refere ao Brasil uma massa ignóbil, ressentida com o pensamento, a educação e a cultura, emergentes das camadas populares e médias apareceu como força política relevante sob a alcunha de bolsonarismo. O estudo, a reflexão e o pensamento crítico, especialmente das ciências humanas como a geografia, a história, as ciências sociais, bem como da filosofia, são recursos para fomentar a luta para a derrocada definitiva de impulsos de inspiração fascistas em uma época gestada pela superindústria do imaginário. A filósofa Hannah Arendt, alemã de origem judaica, exilada do regime nazista, cobriu como jornalista o julgamento do criminoso de guerra Adolf Eichmann, ocorrido em Jerusalém no ano de 1961. A partir das observações da pensadora em relação ao “tipo ideal” que o réu representava, que não era uma figura monstruosa e perversa, como a promotoria queria fazer parecer, mas um tipo comum, o cidadão respeitável, seguidor das normas e que quer apenas ser bem-sucedido em termos de carreira, a filósofa criou o conceito de Banalidade do Mal. O objetivo deste artigo é partir da teoria de Hannah Arendt acerca do fenômeno da obediência cega, para buscar pistas para a compreensão da ascensão do neofascismo bolsonarista no Brasil atual.

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Biografia do Autor

Eduardo Ferraz Franco, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, Goiás, Brasil, eferrazfranco@hotmail.com

Doutor em Geografia, Pós-doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual de Goias.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

FRANCO, E. F. Contribuições do Pensamento de Hannah Arendt para a Compreensão da Ascensão do Bolsonarismo no Brasil. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 14, n. 1, p. e14108, 2024. DOI: 10.5216/teri.v14i1.79836. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/79836. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos