EXPERIÊNCIAS AUTOETNOGRÁFICAS COM O TRABALHO: a estética da feira
a estética da feira
DOI:
https://doi.org/10.5216/teri.v12i1.74843Palavras-chave:
AUTOETINOBIOGRAFIAResumo
Ao recorrer ao expediente metodológico da autoetnografia, o qual valida as experiências dos sujeitos em situações de pesquisa, apresentar-se-á uma interpretação de um texto literário que enfoca a minha experiência de trabalhador na Feira de Trindade-Go. O texto – “A estética da feira”, uma crônica-ensaio, foi feito mediante a aglutinação entre uma crítica à estética performática e o relato da significação da feira que, durante alguns anos, foi o alicerce econômico da minha família. Para a sua consecução, desenvolveu-se uma reflexão do trabalho como operador de vida e como instância que se concretiza espacialmente. A interpretação da experiência de trabalhador informal se concretizou num enlace de escalas, dimensões e atividades de sujeitos. Foram observadas a dimensão econômica da feira, a dimensão espacial, temporal, afetiva e simbólica e os sujeitos diversos. A leitura das dimensões e dos sujeitos permitiram enxergar que a relação entre trabalho, memória e narrativa, estabelecida entre o específico e o universal, revela as condições e as contradições espaço/temporais de Trindade e também da sociedade brasileira. Ao proceder assim a autobiografia, sob a lupa da intepretação teórica, torna-se um aporte de uma etnografia do país, pois a minha experiência pessoal revela-se na experiência da minha família, e de todos os trabalhadores.
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