A Educação Permanente em Saúde e os desafios das Comissões de Integração em ensino Serviço

Autores

  • Cristiane Lemos Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, professoracristi@gmail.com
  • Mary Anne de Souza Alves França Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, maryanne_sa@hotmail.com
  • Edsaura Maria Pereira Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, edsauramaria@gmail.com
  • Fernando Marcello Nunes Pereira Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, fernandomarcello08@gmail.com
  • José Antônio Oliveira Alves Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, jose.emspapgyn@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v10i1.66728

Palavras-chave:

Política de Saúde; Educação Continuada, Sistema Único de Saúde

Resumo

 

Em 2004 o Ministério da Saúde cria a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), que tem como conceito pedagógico a Educação Permanente em Saúde (EPS). A Portaria GM/MS nº1996, de 2007, alinhou a PNEPS à proposta de fortalecimento da regionalização, sendo estruturadas as Comissões de Integração Ensino e Serviços (CIES). Esta pesquisa analisa o contexto da estruturação da PNEPS no estado de Goiás no período de 2009 a 2018. Estudo qualitativo realizado mediante a análise de documentos e de entrevistas com os sujeitos envolvidos neste universo. Observou-se que, apesar das CIES terem sido estruturadas nesse período, a descentralização da EPS pouco avançou, evidenciando pontos dificultadores, como: a baixa execução de ações pelas CIES, a descontinuidade dos processos formativos, ações educativas desvinculadas da PNEPS e pouca transparência no direcionamento do financiamento das ações de EPS.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

LEMOS, C.; DE SOUZA ALVES FRANÇA, M. A.; MARIA PEREIRA, E. .; MARCELLO NUNES PEREIRA, F. .; ANTÔNIO OLIVEIRA ALVES, J. . A Educação Permanente em Saúde e os desafios das Comissões de Integração em ensino Serviço. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 10, n. 1, p. 21–33, 2020. DOI: 10.5216/teri.v10i1.66728. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/66728. Acesso em: 26 abr. 2024.

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ARTIGOS