RETORNANDO À ORIGEM: ARQUEOLOGIA SOCIAL COMO FILOSOFIA LATINO-AMERICANA

Autores

  • Autor: Hugo O. Benavides Antropologia, Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Fordham, New York. benavides@fordham.edu
  • Tradutor: Sérgio Almeida Loiola IESA-NUPEAT-UFG
  • Tradutor: Maria Lemke FH- UFG - Campus Jataí
  • Tradutor: Alecsandro José Prudêncio Ratts Prof. Dr. em Antropologia e Me. em geografia - USP, Prof. IESA – UFG

Palavras-chave:

América Latina, sociedade, desenvolvimento, Antropologia, Arqueologia, Arqueologia Social, Pós-colonial

Resumo

O presente artigo discute a relevância da proposta da Arqueologia como ciência social. Esta escola latino-americana nada tem a invejar das correntes arqueológicas positivistas do norte. A arqueologia como ciência social tem desenvolvido amplo esquema de trabalho que vai muito além do meramente arqueológico, ou do que se poderia definir como antropológico dentro de um plano acadêmico. Esta contribuição, uma das características mais promissoras da corrente, é a incorporação da instância política como realidade essencial na análise histórica de nossas nações. As investigações arqueológicas e antropológicas realizadas em sítios como Cochásqui, Agua Blanca e Real Alto no Equador propõem uma forma diferente de entender o passado e a contribuição deste à realidade contemporânea. Em vez de simplesmente recuperar o passado, estas pesquisas buscam entender qual é o significado deste passado e como este passado toma um lugar tão hegemônico e essencial no desenvolvimento nacional dos Estados. Desse modo, é importante destacar que as limitações técnicas ou metodológicas (mal entendidas) da arqueologia social não deveriam ser vistas como um problema, mas como priorização de questões sobre o destino histórico do continente, mais importantes que simples interesse em discussões cronológicas, tipológicas ou meramente descritivas. Assim, discute-se que é factível propor o amplo alcance da arqueologia como ciência social a partir de um desenvolvimento paradigmático em colaboração com a antropologia tradicional, comprometida com a filosofia anti-imperialista do continente. As contribuições da arqueologia como ciência social (como intuíam seus criadores) têm ultrapassado o âmbito arqueológico e está empenhada com a luta por profundas e necessárias transformações sociais em nossas sociedades neo-coloniais: lutas nas quais a história é de importância fundamental.

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Biografia do Autor

Autor: Hugo O. Benavides, Antropologia, Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Fordham, New York. benavides@fordham.edu

Antropologo e Arqueólogo, Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Fordham, New York. benavides@fordham.edu

Artigo Publicado originalmente na revista Latin American Antiquity, vol. 12, nº 4, 2001. p. 355-370

Tradutor: Sérgio Almeida Loiola, IESA-NUPEAT-UFG

Dr. em Geografia, Me. em geografia – UFG Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental e Transdisciplinares – NUPEAT – IESA –UFG.

Tradutor: Maria Lemke, FH- UFG - Campus Jataí

Dra.  em História, Me em História - UFG,  Doutoranda em História- UFG,  Profa.  UFG/Jataí

Tradutor: Alecsandro José Prudêncio Ratts, Prof. Dr. em Antropologia e Me. em geografia - USP, Prof. IESA – UFG

Prof. Dr. em Antropologia e Me. em geografia - USP, Prof.  IESA – UFG

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Publicado

2011-12-30

Como Citar

BENAVIDES, A. H. O.; LOIOLA, T. S. A.; LEMKE, T. M.; RATTS, T. A. J. P. RETORNANDO À ORIGEM: ARQUEOLOGIA SOCIAL COMO FILOSOFIA LATINO-AMERICANA. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 1, n. 2, p. 164–192, 2011. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/17779. Acesso em: 15 nov. 2024.