A REDESCOBERTA DO PERTENCIMENTO À NATUREZA POR UMA CULTURA DA CORPOREIDADE

Autores

  • Vera Margarida Lessa Catalão Universidade de Brasília - UNB

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v1i2.17240

Palavras-chave:

Educação Ambiental, corporeidade, transdisciplinaridade

Resumo

RESUMO: Este artigo apresenta uma discussão transdisciplinar sobre a corporeidade.  Partimos do principio que despertar o corpo abre novas percepções do real e permite uma outra abordagem epistemológica do conhecimento.  O corpo possui outros olhares e os sentidos despertos favorecem a integrada da percepção do real. O que denominamos conhecimento é uma organização dinâmica do organismo com seu meio ambiente em um contexto de interações. Pode-se dizer que toda aprendizagem do ser vivo resulta em uma transformação individual, uma co-evolução e uma mudança ambiental. Consideramos ser impossível separar os aspectos cognitivos das expressões emocionais e sociais presentes em todo processo de aprendizagem. Nós, seres humanos do século 21, recebemos a cada instante, mesmo em sonhos. um mundo de informações desconexas e não sabemos como processar informação e como transformar informação em atitude. Esta é sem dúvida um desafio para a educação contemporânea e para uma educação ambiental que busca reunir cultura e natureza em um pacto pela vida. Lemos, ouvimos e vemos diariamente tanta informação sobre tragédias humanas e naturais que as banalizamos e nos distanciamos delas rapidamente. Como trazer este planeta distante para o coração do individuo planetário que pode vir a transformá-lo para o bem ou para o mal? como resgatar o encantamento e o prazer do conhecimento? Que ambiente pedagógico pode favorecer a fascinação pela pesquisa e a invenção de tecnologias solidárias com a vida? São as questões que mobilizam a nossa reflexão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vera Margarida Lessa Catalão, Universidade de Brasília - UNB

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Paris VIII com pós-doutorado em Educação na Universidade de São Paulo-USP. Profa. Dra. pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília. Desenvolve pesquisas na área de Educação Ambiental e Ecologia Humana com ênfase na abordagem complexa e transdisciplinar de temas socioambientais, especialmente sobre a ecopedagogia da água e sobre educação indígena. Coordenou a Agenda Ambiental da UnB de 2007 a 2010, atualmente é membro da Comissão da Agenda Ambiental e do Grupo de Trabalho para gestão de Resíduos Sólidos da UnB. Participa do comitê científico do Laboratório da Complexidade do CDS-UnB e do Laboratório de Pesquisa em Educação Ambiental TEIA-USP. Email: veramcatalao@gmail.com

Referências

ASSMANN, Hugo, Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. RJ-Petrópolis, Vozes, 2003 p.32.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida. S.Paulo:Cultrix, 1997

MATURANA, Humberto ; VARELA, Francisco. MATURANA, L’Arbre de la connaissance ; racines biologiques

de la compréhension humaine,Paris, Addison-Wesley, 1994 p. 22.

MERLEAU-PONTY Maurice, La phénoménologie de la perception, Paris, Galimard, 1964, p.531.

MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte, editora da UFMG, 2001 p.129.

CATALÃO, Vera Lessa, L´eau comme métaphore éco-pédagogique : une recherche-action auprès d´une école

rurale au Brésil. Thèse de doctorat, Paris, Université Paris VIII, 2002, p 347.

PINEAU, Gaston . De l´air, essai sur l´écoformation. Paris, Paideia, 1992,

MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2001, p.101.

MORIN. Edgar. Introduction à la pensée complexe. Paris, 1990, ESF.

BARBIER, René. La recherche- action. Paris, Anthropos, 1996.

GUTIÉRREZ, Francisco e PRADO, Cruz. Ecopedagogiae cidadania planetária. S.Paulo, Cortez, 1999, p.63.

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis-RJ: Vozes, 1999, p. 95.

Downloads

Publicado

2011-12-30

Como Citar

CATALÃO, V. M. L. A REDESCOBERTA DO PERTENCIMENTO À NATUREZA POR UMA CULTURA DA CORPOREIDADE. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 1, n. 2, p. 74–81, 2011. DOI: 10.5216/teri.v1i2.17240. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/17240. Acesso em: 4 nov. 2024.