ALGUMAS OBSERVAÇÕES À PROPOSTA DE UMA NOVA REPRESENTAÇÃO DO TEMPO NA PINTURA DO SÉCULO XX
Palabras clave:
Teoria da História, Linguagem, PinturaResumen
Os críticos têm a tendência de apresentar a pintura do século XX à partir do cubismo e das vanguardas como a emancipação das modas tradicionais de expressão figurativa. Minha hipótese neste artigo é que esta inovação traz na sua expressão da experiência temporal explorada pela sua vez pelo cubismo e pelas avant-gardes, através de um movimento de ultrapassagem dos estilos anteriores da pintura figurativa. Diante da proposta feita, me concentrarei em identificar alguns elementos que capturam esta distinção nas formas de representação do tempo na pintura. Esta análise irá se inspirar livremente na filosofia de Ernst Cassirer, menos para explicitar sua teoria das formas simbólicas do que para explorar uma das suas principais teses que Cassirer desenvolve como parte de sua reflexão sobre arte: como mito ou teoria científica, mas em um domínio de atividade humana que lhe é própria, a arte utiliza de maneiras específicas de conferir uma ordem para experimentar e comunicar (CASSIRER, 1995. p. 110). Esta ordem é construída a partir de padrões temporais, espaciais ou conceituais próprios a cada domínio. O que importa na teoria de Cassirer para minha própria abordagem, esta é maneira pela qual a arte confere uma ordem para experimentar, incluindo uma ordem temporal, não é mais regido por um critério uniforme, mas propenso a profundas modificações históricas. É esta tese que gostaria de examinar com um olhar mais atento, para interpretar qualquer novidade nos acordos de representação do tempo que caracteriza a pintura do século XX.
Citas
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