Foucault
Teórico do historicismo
Abstract
Há uma mudança na interpretação foucaultiana do historicismo. Em As Palavras e as Coisas (1966) ele foi apresentado como o modelo crítico e relativista, hermenêutico e comunicativo que levou ao cume a forma da leitura que impede a verdadeira análise da finitude. Um heideggerianismo que acusa a história do trabalho (antes levado a cabo pelo estoicismo e pelo cristianismo) de esquecimento do ser. Já em A Defesa da Sociedade (1976) é a História que pode levar a cabo a crítica do “disciplinamento” (o Estado moderno se apropriando da tradição platônica que identifica saber e verdade com ordem e paz). Boulainvilliers é o autor que permite localizar essa leitura hiper-historicista. Para Foucault, trata-se de denunciar o anti-historicismo do saber contemporâneo. Foucault possui uma teoria da história meta-historicista. Refaz a História do historicismo para localizar nele a dinâmica que possibilitará o nascimento da Filosofia da História. O programa era espacializar o tempo, lê-lo em pedaços. O século XIX foi o século dos adoradores do tempo, o século XX deveria ser o século dos seguidores do espaço. Foucault pensou um procedimento de espacialização da leitura do tempo. Aqui, focalizando os cursos do Colégio de França, tento descrever esse projeto explorando as tensões entre história (experiência humana), História (o conhecimento disciplinado dessa experiência) e estória (qualquer narrativa).
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