A Profecia
Abstract
Em Weber há dois tipos de profecia: Buda e os profetas de Israel são exemplos do tipo ético (conduta pessoal mais que a reflexão abstrata; ensino mais que mística). Jesus, Zaratustra e Maomé são exemplos do tipo exemplar (conduta dirigida por convicção da posse de missão divina). Posição fronteiriça é a de Moisés que fala com Deus e lidera o êxodo. O profeta carrega uma mensagem e enfrenta na sua defesa a tradição. Não tem um ofício como o sacerdote. É um escolhido. Sua autoridade dirige-se contra a injustiça, a corrupção e a imoralidade. O mais importante em sua caracterização tipológica é que o profeta tanto inventa como reafirma ordens simbólicas. A profecia é, ao mesmo tempo, conservadora (pois afirma a responsabilidade solidária) e transformadora (porque cria sentido). O profeta é um ser do entrelugar, da relação, do movimento, do extremo. O que o profeta produz é a crença. É ela que transforma. O profeta cria postura interna e com ela ação no mundo através do modo de pensar.
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