Um defeito de cor (2006) de Ana Maria Gonçalves e os limites da representação da escravidão
DOI:
https://doi.org/10.5216/rth.v26i1.73883Palavras-chave:
Romance histórico, historiografia, escravidãoResumo
O presente artigo tem por objetivo tomar o romance Um defeito de cor (2006), de Ana Maria Gonçalves como ponto de partida para uma reflexão a respeito da representação da escravidão na historiografia e na prosa de ficção histórica contemporâneas. Narrando a trajetória de Luiza Mahín, personagem mobilizada pelo movimento negro no Brasil, o romance tem como uma de suas características as referências e o diálogo que mantém com a historiografia recente da escravidão. Demonstrarei como o romance e como a própria historiografia esbarram nas limitações impostas a essas formas de representação do passado por seus vínculos com preceitos teóricos oriundos de conceitos de história, agência e tempo histórico vinculados à experiência moderna ocidental e, dessa forma, se apresentam muitas vezes como impasses para a compreensão dessas realidades.
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