ESCRITA E ORALIDADE, UERUS E UERUS SIMILIS: A MEMORIA RERUM GESTARUM DE TITO LÍVIO
Palavras-chave:
Historiografia antiga, fontes históricas, verossimilhança, poesia, retóricaResumo
O artigo problematiza a visão lugar-comum sobre Tito Lívio como escritor de uma história meramente moralista, dissociada de elementos próprios a um texto historiográfico. Discutimos a recepção no texto de Tito Lívio da compreensão dicotômica, vista em Aristóteles, de que a história constituiria um gênero discursivo vinculado ao que aconteceu, ao passo que a poesia estaria ligada ao possível/verossímil. Análise que caminha junto com a discussão que fizemos em torno das distintas fontes usadas por Tito Lívio, que agrupamos em três blocos principais: as tradições oral (fama e fabula) e escrita (memoria dos analistas) e os documentos escritos (monumenta litterarum). A partir de uma discussão sobre a relação de Tito Lívio com essas fontes, pudemos observar em seu texto elementos peculiares a uma tradição de escrita ligada ao gênero discursivo chamado História.
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