A A CONSTRUÇÃO DO GRAU DE EVIDÊNCIA DA AÇÃO SUBJETIVAMENTE VISADA CONCEBIDA INTELECTUALMENTE POR MEIO DOS PADRÕES TEÓRICOS DE DELIBERAÇÃO NA METODOLOGIA WEBERIANA

Autores

  • Henrique Florentino Faria Custódio UFMG

Palavras-chave:

Compreensão. Deliberação. Evidência. Interpretação. Tipo Ideal

Resumo

O propósito deste artigo é analisar sobre a maneira pela qual, na metodologia weberiana, o grau de evidência poderá ser construído por meio dos padrões teóricos de deliberação imputados idealmente à ação subjetivamente visada pelo agente. Para Max Weber, a evidência da interpretação é baseada em procedimentos lógico-metodológicos que permitem ao cientista conceber conexões de sentido na ação empírica do agente. Portanto, será mediante certa caracterização promovida pelo pesquisador, a partir dos dados da pesquisa, que se produzirá em pensamento a evidência da interpretação. Assim, o grau de evidência, metodologicamente, é construído a partir de padrões teóricos de deliberação concebidos idealmente como meios auxiliares puramente lógicos, utilizados para o isolamento e ordenamento conceitual de um fragmento da complexidade do empírico. Em vista disso, examinaremos como, na metodologia weberiana, a interpretação da ação do agente torna-se possível, se for feita uma referência explícita ao sentido visado da ação.

Biografia do Autor

Henrique Florentino Faria Custódio, UFMG

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia (2007), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia (2012). Atualmente doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Max Weber, metodologia, tipo ideal, possibilidade objetiva e regras de experiência.

Referências

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Publicado

2017-02-13

Como Citar

CUSTÓDIO, H. F. F. A A CONSTRUÇÃO DO GRAU DE EVIDÊNCIA DA AÇÃO SUBJETIVAMENTE VISADA CONCEBIDA INTELECTUALMENTE POR MEIO DOS PADRÕES TEÓRICOS DE DELIBERAÇÃO NA METODOLOGIA WEBERIANA. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 16, n. 2, p. 116–132, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/44813. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Max Weber