A linguagem na mobilização do raciocínio geográfico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/signos.v7.83031

Palavras-chave:

linguagem, raciocínio geográfico, ensino-aprendizagem, conhecimento geográfico

Resumo

Neste artigo, buscamos evidenciar como a linguagem pode contribuir para a mobilização do conhecimento geográfico. A linguagem é um instrumento mediador da comunicação que permite conectar pessoas, acessar informações, bem como representar análises sobre fenômenos e dinâmicas espaciais. No contexto escolar, linguagens como imagens, fotografias, mapas, esquemas, audiovisuais, gráficos e outras formas de representação constituem recursos fundamentais para mobilizar o conhecimento dos alunos. Ao incorporar múltiplas linguagens no ensino, amplia-se a capacidade dos estudantes de ler e traduzir o mundo sob diferentes perspectivas. Mais que estratégia didática, o trabalho com diversas linguagens possibilita desenvolver operações cognitivas como identificar, relacionar, comparar, ordenar, levantar hipóteses, conceituar e memorizar. Essas habilidades são essenciais à formação do raciocínio geográfico. Desenvolver essas competências implica instrumentalizar o pensamento do aluno para compreender a complexidade do espaço. Cabe ao professor orientar a leitura e o uso dessas linguagens, de forma que possam subsidiar tanto a atuação discente quanto a prática docente, contribuindo para a construção de conceitos científicos em sala de aula. Contudo, o conhecimento do aluno se constrói dentro e fora da escola, uma vez que a capacidade de ler o mundo tem início nos primeiros anos de vida, antes mesmo da escolarização, como mostram Piaget e Vygotsky. Assim, o professor desempenha papel crucial na mediação de um olhar mais crítico sobre o mundo. Ao abordar o raciocínio geográfico como um meio de interpretar a espacialidade dos fenômenos, procuramos dialogar com teóricos da Geografia, visando compreender os conceitos e as ações que viabilizam essa mobilização.

Biografia do Autor

Luciana Serelli Macêdo Aranha, Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED BH), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, lserelli@gmail.com

Professora da Educação Básica de Geografia na Prefeitura de Belo Horizonte. Possui graduação em Geografia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (2010) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2024). Participa do Grupo de Ensino e Pesquisa em Geografia (GEPEGEO) e desenvolve pesquisas sobre raciocínio geográfico, múltiplas linguagens e formação de professores.

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Valéria de Oliveira Roque Ascenção , Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, valeriaroque@gmail.com

Professora Associada do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, atuando nos cursos de graduação e pós-graduação em Geografia. Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991), mestrado na Faculdade de Educação -FAE/UFMG (2003) e doutorado em Geografia e Análise Ambiental pelo Instituto de Geociências/UFMG (2009).

Endereço Profissional: Av.  Pres.  Antônio Carlos, 6627 -Pampulha, Belo Horizonte - MG

CEP: 31270-901

E-mail: valeriaroque@gmail.com

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Publicado

18-09-2025

Como Citar

Macêdo Aranha, L. S., & Roque Ascenção , V. de O. (2025). A linguagem na mobilização do raciocínio geográfico. Revista Signos Geográficos, 7, 1–21. https://doi.org/10.5216/signos.v7.83031

Edição

Seção

Artigos