O ensino de Geografia no processo de implementação do Novo Ensino Médio: direções e desafios
DOI:
https://doi.org/10.5216/signos.v7.81669Palavras-chave:
Novo Ensino Médio, ensino de Geografia, reforma educacionalResumo
O presente artigo consiste numa reflexão desenvolvida no âmbito de uma pesquisa em nível de mestrado acerca dos impactos da reforma do Ensino Médio implementada pela Lei nº 13.415/2017 (Brasil, 2017), com foco no ensino de Geografia. Procuramos evidenciar que as mudanças estruturais provocadas pela reforma, atreladas a interesses do mercado, teve implicações no currículo da Geografia, o que afetou a formação dos estudantes no que tange ao domínio de conhecimentos significativos sobre a realidade socioespacial hodierna. A partir da literatura consultada no estudo, discute-se a redução da carga horária da área de Ciências Humanas na proposta do Novo Ensino Médio, os obstáculos enfrentados pelos docentes, como a questão da formação continuada e os desafios do uso de novas tecnologias no ensino. Ademais, embora a reforma ofereça novas possibilidades para personalizar o percurso formativo dos estudantes, são necessárias medidas que valorizem as ciências humanas e garantam melhores condições de ensino para que a Geografia continue desempenhando seu papel na formação crítica e cidadã dos estudantes. Conclui-se que a proposta tem como diretriz a concepção de currículo por competência, reduzindo o enfoque de capacidades críticas e reflexivas, fundamentais para pensar a complexidade do mundo contemporâneo e formar cidadãos capazes de compreender e agir frente as dinâmicas sociais e territoriais ligadas à sua experiência cotidiana.
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