O animal estético e político em “Carta a uma senhorita em Paris”, de Julio Cortázar
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v33.69208Palavras-chave:
Animal. Homem. Biopolítica. Julio Cortázar.Resumo
Este estudo investiga a presença do animal no conto Carta a uma senhorita em Paris (1951), de Julio Cortázar. Por meio de uma perspectiva biopolítica, proposta por Giorgio Agamben, estabeleceu-se um paralelo entre a dominação do não humano na cultura ocidental e a dominação do humano no registro contemporâneo – debate instalado nesta narrativa. Destarte, apuram-se potências virtuais no animal cortaziano, com fundamentação em Gabriel Giorgi, entre outros autores, que assediam as estruturas opressivas da realidade factual, reconfigurando as concepções de humanidade e animalidade para se alcançar novas economias de vida.
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