Convergências e simetrias em Tutaméia, de Guimarães Rosa: a imaginação do "além-sentido"
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v24i1.13250Resumo
Neste artigo, faz-se uma abordagem dos contos “João Porém, criador de perus”, “Grande Gedeão” e “Reminisção”, incluídos na segunda seção de Tutameia, de Guimarães Rosa. Enfeixados por um prefácio comum (intitulado “Hipotrélico”), que de algum modo os caracteriza, verifica-se entre eles certo número de simetrias de construção que, somado à presença de um senso de humor ora sutil, ora declarado, sugere práticas de linguagem do autor que se repetem também noutros livros. Nesses contos, a fábula, confundida com a anedota, é o elemento que desloca a possibilidade do “falar a sério”, em que a narrativa ameaça enredar-se, para as celebrações do imaginário, no qual se opõem a estória e a história, numa trama de insinuações, contradições e paradoxos que permite apontar para aquilo que o autor denomina de suprassenso. Ali, a linguagem assume a tarefa de operar com os planos do sentido e do não sentido, aproximando-os ou distanciando-os, de modo a tocar aquilo que o dizer, em sua dimensão de senso (e senso comum), proíbe, posterga ou escamoteia.Downloads
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Publicado
2012-08-30
Como Citar
SUTTANA, R. N. Convergências e simetrias em Tutaméia, de Guimarães Rosa: a imaginação do "além-sentido". Signótica, Goiânia, v. 24, n. 1, p. 191–212, 2012. DOI: 10.5216/sig.v24i1.13250. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/13250. Acesso em: 22 nov. 2024.
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