Racismo reverso: a construção de uma narrativa de esquiva

Autores

  • André Ricardo Nunes Martins Universidade de Brasília (UnB), Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade (Nelis), Brasília, DF, Brasil. E-mail: andre33@uol.com.br. https://orcid.org/0000-0002-2581-7063

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v34.68851

Palavras-chave:

Racismo e antirracismo. Ação afirmativa. Racismo reverso. Discurso. Imprensa.

Resumo

Este artigo examina uma estratégia que caracteriza o discurso racista na esfera pública no Brasil. Acusação lançada por defensores do status quo ou por pessoas que criticam políticas de ação afirmativa voltadas para negros de que tais políticas são um tipo de racismo reverso é considerada à luz dos estudos sobre raça e racismo. Por meio da Análise de Discurso Crítica, investiga-se o racismo, formas de enfrentá-lo, a relação racismo e democracia, as implicações do combate ao racismo e a relação racismo e discurso. Nota-se como aspectos discursivos são usados distintamente para defender a própria perspectiva, seja racista ou antirracista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, S. L. de. 2020. Racismo estrutural. São Paulo: Jandaíra.

AMDUR, R. 1995. Compensatory justice; the question of costs. In S. M. Cahn (Org.) The affirmative action debate. Nova Iorque: Routledge, pp. 91-104.

BONILLA-SILVA, E. 2020.Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América. São Paulo: Perspectiva.

CHOULIARAKI, L. e FAIRCLOUGH, N. 1999. Discourse in late modernity: rethinking critical discourse analysis. Edimburgo: Edinburgh University Press.

COWAN, J. L. 1985. Inverse discrimination. In: S. M. Cahn (Org) The affirmative action debate. Nova Iorque: Routledge, p.5-7.

ESSED, P. 1991. Understanding racism: an interdisciplinary theory. Newbury Park: Sage.

ESSED, P. 2002. Everyday racismo; a new approach to the study of racism. In: P. Essed e D. T Goldberg (Org). Race critical theories, text and context. Malden e Oxford: Blackwell Publishers, p. 176-194.

GOLDBERG, D. T. 2002. Modernity, race and morality.In: P. Essed e D. T Goldberg (org). Race critical theories, text and context. Malden e Oxford: Blackwell Publishers, pp. 283-306.

HALL, S. 2002. Race, articulation, and societies structured in dominance. In: P.Essed e D. T Goldberg (org). Race critical theories, text and context. Malden e Oxford: Blackwell Publishers, p.38-68.

HILL Jr., T. E. 1995. The message of affirmative action. In: S. M. Cahn (org) The affirmative action debate. Nova Iorque: Routledge, p. 169- 191.

MARTINS, A. R. N. 2011. A polêmica construída: racismo e discurso da imprensa sobre a política de cotas para negros. Brasília: Senado Federal. S

ANTOS, R. 2020. Maioria minorizada: um dispositivo analítico de racialidade. Rio de Janeiro: Telha.

SHINER, R. A. 1995. Individuals, groups, and inverse discrimination. In: S. M. Cahn (Org) The affirmative action debate. Nova Iorque: Routledge, p.19-22.

THOMPSON, J. B. 1998. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Trad. P. A. Guareschi et al. Petrópolis: Vozes.

VAN DIJK, T. A. 1991. Racism and the press. Londres: Routledge.

Downloads

Publicado

2022-03-18

Como Citar

MARTINS, A. R. N. . Racismo reverso: a construção de uma narrativa de esquiva. Signótica, Goiânia, v. 34, p. e68851, 2022. DOI: 10.5216/sig.v34.68851. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/68851. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Estudos Linguísticos