Trevisan resgata Trevisan Em Pai, Pai: o hibridismo no romance autobiográfico

Autores

  • Edcleberton de Andrade Modesto Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: edcleberton@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-6632-5997
  • Ricardo Barberena Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: ricardo.barberena@hotmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v33.68140

Palavras-chave:

Hibridismo, João Silvério Trevisan, Pai, pai, Romance autobiográfico

Resumo

O romance autobiográfico, por si só, é uma transgressão do que se compreende a respeito de ficção. As apropriações de espaços, pessoas e fatos reais inseridos no enredo criam narrativas-romances de si. Por sua vez, esse embate entre o ficcional e o real pressupõe o hibridismo e a fragmentação. Assim, ao analisar a obra Pai, pai (2017), de João Silvério Trevisan, a partir dos pressupostos teóricos de Samoyault (2008), Watt (2010) e Lejeune (2008), os resultados encontrados apontam para a indecidibilidade do gênero em questão e a legitimidade perante a sua forma livre, ou seja, sua estrutura fragmentada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ricardo Barberena, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: ricardo.barberena@hotmail.com

Possui Graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), Doutorado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e Pós-Doutorado (2009), intitulado "Paisagens limiares na contemporaneidade brasileira: representações da identidade no Cinema e na Literatura", pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PUCRS). Coordena o GT da ANPOLL Literatura Brasileira Contemporânea. Coordena o Grupo de Pesquisa "Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade". Membro do Grupo de Pesquisa de Pesquisa do CNPq GELBC (Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea). Atuação docente na área de Letras (Teoria Literária), com ênfase em Literatura Brasileira Contemporânea. Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS.

Referências

BARTHES, Roland. O rumor da língua. 3ª ed. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 2012.

BOOTH, Wayne. Retórica da ficção. Lisboa: Arcádia, 1980

CORTÁZAR, Julio. Valise de Cronópio. São Paulo: Perspectiva, 1974.

DOUBROVSKY, Serge. “O último eu”. In: NORONHA, Jovita Maria Gerheim (Org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

GENETTE, Gérard. Figuras III. São Paulo: Liberdade, 2017.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico. Belo Horizonte: UFMG, 2008.

REUTER, Yves. A análise da narrativa: o texto, a ficção e a narração. Tradução Mario Pontes. 4ª ed. Rio de Janeiro. DIFEL, 2014.

RICHARDSON, Brian. Unnatural Voices: extreme narration in modern and contemporary fiction. Columbus, The Ohio State University Press, 2006.

SAMOYAULT, Tiphaine. A intertextualidade. Tradução de Sandra Nitrini. São Paulo. Aderaldo & Rothschild, 2008.

TREVISAN, João Silvério. Pai, pai. 1ª ed. Rio de Janeiro. Alfaguara. 2017.

WATT, Ian. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. São Paulo. Companhia das Letras, 2010.

Downloads

Publicado

2021-11-03

Como Citar

MODESTO, E. de A.; BARBERENA, R. . Trevisan resgata Trevisan Em Pai, Pai: o hibridismo no romance autobiográfico . Signótica, Goiânia, v. 33, p. e68140, 2021. DOI: 10.5216/sig.v33.68140. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/68140. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Estudos Literários