Literatura surda: traduzindo histórias de vidas singulares

Autores

  • Márcia Rios da Silva Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: marciarios885@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-7024-7434
  • Jéssica Gabriela da Silva Penha Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: professora.gabriela.penha@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/rs.v6.67002

Palavras-chave:

literatura surda, adaptação, recriação

Resumo

A literatura surda emergente vem se destacando pela adaptação de histórias “originais” em paralelo a uma escrita autoral crescente. Na reescrita dessas produções originais, os surdos ganham visibilidade como sujeitos ativos e participativos no espaço social e cultural (PERLIN). Sob essa formação de apropriação cultural, a literatura surda assume o compromisso com a tematização de situações e sentimentos enfrentados pelo indivíduo surdo (GAVA), trazendo à tona o desejo de reconhecimento e reafirmação de identidades. Considerando o público ao qual se destinam às referidas adaptações, o presente artigo tem por objetivo proceder a uma reflexão sobre esta prática tradutória em que questões temáticas e formais são passíveis de atualização e recriação. Nesta análise, busca-se apoio nas contribuições de Marinyse Oliveira, Lodenir Karnopp e Linda Hutcheon, que postulam que os processos de adaptação e tradução estão imbricados e resultam em um trabalho de criação.

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Referências

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

SILVA, M. R. da; PENHA , J. G. da S. Literatura surda: traduzindo histórias de vidas singulares. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 6, 2021. DOI: 10.5216/rs.v6.67002. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/67002. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos