Os dicionários da língua brasileira de sinais e suas contribuições

Autores

  • Vilma Rodrigues Cardoso Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás. Universidade de Brasília (UNB), Brasília, Goiás.

DOI:

https://doi.org/10.5216/rs.v2i1.46235

Palavras-chave:

Surdo, Libras, Dicionário, Dicionários especializados.

Resumo

Os dicionários de línguas de sinais atualmente são inúmeros, sendo impressos ou em formatos digitais, fabricados por surdos, instituições de ensino que capacitam profissionais na língua de sinais ou por iniciativas privadas. É uma realidade necessária diante da complexidade dos sinais e, além disso, é também, através deles que se torna possível manter a padronização necessária durante a conversação ou atuação dos profissionais tradutores intérpretes de língua de sinais. Esses dicionários, sejam impressos ou digitais, descrevem informações fonológicas, gramaticais e semânticas acerca dos sinais e das palavras, que de fato facilitam e permitem melhor compreensão do sinal pesquisado. Nos dicionários impressos é possível perceber variações quanto às formas encontradas, tais como: foto, descrição dos sinais, escrita de sinais, ilustrações e tradução para a língua oral. Já nos dicionários digitais, há possibilidade de busca por ordem alfabética do português ou pela configuração de mão, no qual os sinais são representados por filmagens, contendo assim sua descrição e definição. Este artigo traz um histórico dos dicionários registrados na língua de sinais, relatando a influência da França no primeiro dicionário de Libras no Brasil, incita reflexões sobre a relevância dos dicionários existentes e observa a necessidade da criação de dicionários nas áreas de especialidades, visto a considerável ausência de sinais para diversos termos usados no cotidiano acadêmico.

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Biografia do Autor

Vilma Rodrigues Cardoso, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás. Universidade de Brasília (UNB), Brasília, Goiás.

É pedagoga, especialista em Docência Universitária e Psicopedagoga. Mestranda em Estudos da Tradução (UNB). Está cursando outra graduação na UFG: Letras: tradução/interpretação em LIBRAS/português. Possui experiência em docência no ensino superior e infantil, e na atuação de tradutora/intérprete de LIBRAS. Já atuou como professora de LIBRAS na FE (Faculdade de Educação - UFG), foi tutora da Faculdade Araguaia (EAD), professora na UEG (Universidade Estadual de Goás) e professora nos cursos de LIBRAS  no Cas (Centro de atendimento ao surdo). Atualmente trabalha como intérprete de LIBRAS na escola municipal Raimundo Coelho dos Santos. Atua ainda como professora convidada quando necessário, nas disciplinas de LIBRAS e INCLUSÃO no IPEC (Instituto de Pesquisa e Ensino - Catalão). Possui Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação de LIBRAS (MEC/CAS 2015).  Experiência e conhecimento na área de Fonoaudilogia (direcionados à surdez), na área de Educação Infantil, Alfabetização de surdos, Educação Inclusiva,  Psicologia da Aprendizagem e Pedagogia empresarial e hospitalar, assim como a Pedagogia em ambientes de socialização e em estudos da tradução.

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Publicado

2017-07-14

Como Citar

CARDOSO, V. R. Os dicionários da língua brasileira de sinais e suas contribuições. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 2, n. 1, p. 51–66, 2017. DOI: 10.5216/rs.v2i1.46235. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/46235. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos