O PASSEIO DE COPACABANA COMO PATRIMÔNIO E PAISAGEM CULTURAL

Autores

  • Julia Rey Pérez

Resumo

À primeira vista, a obra do paisagista Roberto Burle Marx assemelha-se a pinturas posteriormente materializadas em jardins. Essa impressão deve-se ao fato de suas intervenções serem dotadas de uma enorme densidade plástica, seja em jardins privados, seja em parques públicos. No caso das intervenções públicas, um fator chave a ser observado é a amplitude da intervenção, como se observa no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, com um comprimento de 4,5 km. Esse passeio, datado de 1970, localizado na Avenida Atlântica, foi construído com pedras portuguesas e plantado com vegetação nativa. Aí, Burle Marx combina seu trabalho como um transmissor de arte, sobretudo da pintura e da botânica, reinserindo a flora brasileira e o compromisso com a sociedade por meio da criação de espaços destinados ao gozo do carioca. O calçadão de Copacabana não é apenas uma pavimentação da Avenida Atlântica, mas uma intervenção com acentuado valor patrimonial paisagístico contemporâneo (figura 1). O ponto de partida para essas considerações é a Convenção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural em 1972 adotada pela Conferência Geral da Unesco e considerada a origem da avaliação patrimonial contemporânea. É ela que define o conceito de Patrimônio Cultural, resultando em um aprofundamento dos valores sociais, estéticos, econômicos, culturais, espaciais e funcionais. (Continua...)

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Publicado

01-08-2017

Como Citar

PÉREZ, J. R. O PASSEIO DE COPACABANA COMO PATRIMÔNIO E PAISAGEM CULTURAL. Revista UFG, Goiânia, v. 12, n. 8, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48309. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos