A mídia brasileira na encruzilhada entre o golpismo e a democratização
Resumo
Poucos eventos foram tão emblemáticos da situação da grande imprensa brasileira como as prisões e liberações do banqueiro Daniel Dantas, acusado, depois de extensa investigação da Polícia Federal, de formação de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e espionagem. Levada a cabo na gestão de Fernando Henrique Cardoso, a privatização das telefônicas é um capítulo da história do capitalismo brasileiro no qual Daniel Dantas cumpre papel central. Conhecido por recorrer à espionagem e à fabricação de dossiês sobre adversários para divulgação como “notícia” (plantada através de contatos com jornalistas, com os quais a intimidade vai bem além da relação tradicional entre repórter e fonte), Dantas é o elo entre aqueles que talvez sejam os dois maiores escândalos da política brasileira na última década e meia: a “privataria”, na qual enormes frações do patrimônio público foram sub-avaliadas para posterior venda a grupos privados financiados pelo próprio Bndes, e o “mensalão”, no qual vastas quantias de dinheiro trocavam de mãos ilegalmente no interior da base aliada do governo do presidente Lula. O fortalecimento do poder econômico, político e jurídico de Daniel Dantas depois das privatizações instalou-o como uma espécie de avalista e financiador-mor ... (Continua)Downloads
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