A detenção de um letrado em Goiás: Antonio Ferreira Dourado perante a Inquisição

Autores

  • Cristina C.P. Moraes
  • Antón Corbacho Quintela

Resumo

O  documento que  se  transcreve abaixo foi exumado do manuscrito,  em novembro de 1998, pela professora drª Cristina C P Moraes  no Arquivo Nacional da  Torre do Tombo, em Lisboa, durante o desenvolvimento da pesquisa relativa à sua tese  de  doutorado na  Universidade  Nova  de Lisboa: “Do Corpo Místico de  Cristo:  Irmandades  e  Confrarias  na  Capitania de  Goiás  1736­1808”.  Trata­se de 58 páginas  escritas em bico de pena e com 5 impressas nas gráficas do Tribunal do Santo Oficio de  Inquisição ou Monstrum Horribilem.  Nele, é relatado o percurso  da ação promovida  pela Inquisição contra o marrano Antonio Ferreira Dourado, quem, através de um autode­fé de 1761, acabou sendo preso e condenado a cárcere e hábito penitencial, além de  ter todos os seus bens confiscados. Por meio do discurso contido no documento ANTT, IL, Processo nº 6.268, o leitor deparar­se­á com uma relação de enunciados sumamente  importantes para a compreensão da formação dos campos sociais goianos nas primeiras  décadas de existência de Vila Boa dos Guoyazes (ou Goyazes, ou Guayazes). O leitor observará, por um lado, como a capital do território goiano, desvinculado da Capitania  de São Paulo desde 1749, mas ainda dependente, como prelazia, do Bispado do Rio de  Janeiro, não se furtava das teimosas perscrutações do Tribunal do Santo Ofício durante  o início do reinado de d. José I (1750­1777). (Continua...)

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Publicado

28-07-2017

Como Citar

MORAES, C. C.; QUINTELA, A. C. A detenção de um letrado em Goiás: Antonio Ferreira Dourado perante a Inquisição. Revista UFG, Goiânia, v. 8, n. 2, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48112. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Memória