Das veredas do silêncio à construção do mito (A propósito do sertão)

Autores

  • Aguinaldo José Gonçalves

Resumo

Assim se processa sempre. Assim sempre se processará. O desenho do vazio na  busca  do essencial. Para que se  proceda  a  esse foco,  é fundamental  que perscrute  o insondável. Do vazio ao silêncio – um círculo no interior de um quadrado. Sol intenso  nas formas de ramagens secas. A rua ensolarada vista da janela distante. A focalização de um secreto universo. Minha infância foi marcada por profundo isolamento sertanejo. O longe delineou meus olhos e meus pensamentos. O sertão é muito longe. O sertão reflete no perto do coração e  congela  os  sonhos, mas alimenta  as  fantasias  destinadas  pelo sofrimento.  Sertão é  um estado do ser no mundo de extremo isolamento?  é  um defrontar­se  permanente, sem dar trégua, com um si mesmo, sem lhe  dar parâmetro para  que se  possa tentar uma possibilidade. Da minha janela eu olhava para lá. Para bem longe. Lá  no fim da linha eu via o encontro do céu extremamente azul ensolarado com um filete  verde do arvoredo. E não via mais nada. (Continua...)

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Publicado

28-07-2017

Como Citar

GONÇALVES, A. J. Das veredas do silêncio à construção do mito (A propósito do sertão). Revista UFG, Goiânia, v. 8, n. 2, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48101. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Mundo Digital e a Universidade