MATRIZ DE PIRENÓPOLIS: Testemunha do Tempo

Autores

  • Adelmo M. S. Café

Resumo

Haveria melhor maneira de se compreender a realidade de uma cidade
do que caminhar por suas ruas? Nos múltiplos cruzamentos de ruelas (às
vezes seculares...) ou no fluxo circulatório das megalópolis modernas,
são elas que conferem a uma cidade seu sentido: sua harmonia ou
desarmonia.
A industrialização, o êxodo rural e a invasão automobilística
trouxeram num curto espaço de tempo profundas transformações no
espaço urbano. A estrutura da cidade se desintegra e sua memória
vai se diluindo, correndo cada vez mais o perigo de se apagar. Não
podemos perder a consciência de que as ruas são depositárias de toda
uma história e se tornam por isso mesmo monumentos específicos, com
uma particularidade própria.
A trama das ruas, por sua vez, define uma paisagem urbana que no
nosso contexto histórico assume manifestações diferenciadas de acordo
com as características de cada região. Apesar de tais diferenciações,
podemos encontrar elementos comuns. Entre elas, destacamos as
construções religiosas que, segundo Nestor Goulart em sua obra
clássica Evolução urbana do Brasil, surgiram com as povoações, desde os
primeiros instantes, não apenas para atender à
religiosidade do povo mas igualmente exercendo funções de
administração pública atribuidas à Igreja, uma vez que era unida ao
Estado. Eram as igrejas paroquiais que realizavam os trabalhos de
registro de nascimento, casamento e óbitos... estabelecendo um
vínculo permanente e de grande importância entre as populações e
a sacristia (1968). (Continua...)

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Publicado

28-07-2017

Como Citar

CAFÉ, A. M. S. MATRIZ DE PIRENÓPOLIS: Testemunha do Tempo. Revista UFG, Goiânia, v. 8, n. 1, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48090. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Críticas e Resenhas