A VIDA SACRA E O PURO-NÃO: ENTRE HISTÓRIA E SUBJETIVIDADE
DOI:
https://doi.org/10.5216/rfd.v38i2.24042Palabras clave:
Filosofia do direito, vida sacra, puro-não, movimentos sociais, criminalização.Resumen
Tomando como ponto de partida a estética do puro-não, decorrente da interpretação do poema de Oliverio Girondo, o presente ensaio busca compreender as formas de negação da vida como estratégia política e como relação ética. Dialogando com a genealogia do estado de exceção, de Marx a Agamben, constrói-se uma reflexão filosófica acerca da vida sacra que, no contexto brasileiro, pode ser visualizada nos casos de criminalização de movimentos sociais. O caso aqui estudado é o do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e a ação judicial que propôs sua dissolução. A possibilidade da vida surge do próprio puro-não, na medida em que este se diferencia do nada, e permite a ascensão de subjetividades coletivas contra-hegemônicas.
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