Fome no Brasil
a Relação entre a Insegurança Alimentar e Nutricional e os Indicadores Socioeconômicos (2017)
DOI:
https://doi.org/10.5216/reoeste.v9i2.81100Palabras clave:
Análise fatorial, Fatores socioeconômicos, insegurança alimentar e nutricionalResumen
Após o ano de 2014, o Brasil passou por um aumento da prevalência de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) nos domicílios. Mediante a isto, o presente trabalho busca analisar a relação entre a IAN e os indicadores socioeconômicos das Unidades Federativas (UF) em 2017. Para tanto, adotou-se o método de estatística multivariada de Análise Fatorial como estratégia empírica, assim como os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, CadÚnico, do Ministério da Cidadania, e DataSus, do Ministério da Saúde. Estimou-se três fatores: Atenção Primária, Atenção Básica e Desigualdade Social. Os resultados demonstram que proporção de pobres, índice de desigualdade de renda de Gini, baixa instrução do chefe de família e mortalidade infantil se associam positivamente com a prevalência de IAN grave nas UF’s. Além disso, verificou-se que o fator Atenção Primária se associou diretamente com indicadores de qualidade de vida infantil, enquanto a Atenção Básica se relacionou com a instrução do chefe de família, proporção de domicílios com esgotamento sanitário e água canalizada, renda domiciliar per capita e proporção de pobres, e o fator Desigualdade Social englobou o índice de Gini, proporção de pobres e de chefes de família não brancos. Constatou-se que disparidade de renda, escolaridade, cor, proporção de pobres, esgotamento sanitário determinam a IAN em um domicílio, enquanto aspectos relacionados à infância definem sua gravidade.
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