“Banca do Queijeiro”

A origem, os comerciantes e a comercialização dos produtos lácteos nas feiras livres de Goiânia-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/reoeste.v8i1.76083

Palavras-chave:

comercialização, intermediários, produtos lácteos, canais curtos, desenvolvimento rural

Resumo

Buscando identificar como ocorre a comercialização de produtos lácteos nas feiras livres de Goiânia, os atores responsáveis pela venda desses produtos foram entrevistados, foi aplicado um questionário a todos os feirantes de produtos lácteos de todas as feiras operantes em Goiânia, segundo lista concedida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (SEDETEC). Foi observado que a participação dos produtores que comercializam lácteos nas feiras é baixa se comparada com a comercialização realizada por atravessadores e que, entre os produtores, a agricultura familiar possui pouca autonomia para realizar as vendas de forma direta, sem a presença de intermediários.

Palavras-chave: Agricultura familiar. Produção de alimentos. Segurança alimentar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Charla Basílio Schinaider Segundo, Universidade Federal de Goiás - UFG

Possui graduação em Agronegócio pela Universidade Federal de Viçosa (2021). Atualmente é estudante de mestrado em Agronegócio da Universidade Federal de Goiás, na área de Sustentabilidade e Competitividade dos Sistemas Agroindustriais, na linha de Agricultura Familiar e o Agronegócio.

Fabiana Thomé da Cruz, Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Agronegócio (UFG) e Programação de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (UFRGS)

Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005), mestrado em Agroecossistemas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007), doutorado em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012), tendo realizado estágio de doutoramento na Cardiff School of City and Regional Planning, Cardiff University (CPLAN, 2010-2011). Possui pós-doutorado em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora adjunta na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), professora no Programa de Pós-Graduação em Agronegócio (PPGAGRO/UFG) e professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento (PGDR/UFRGS). Tem se dedicado a pesquisas relacionadas à agricultura familiar e ao desenvolvimento rural, especialmente no que diz respeito ao debate sobre qualidade dos alimentos tradicionais, agroindústrias familiares, inserção em mercados formais, segurança alimentar e nutricional e sistemas alimentares sustentáveis.

Lara Bueno Coelho, Técnica administrativa em educação/IF Goiano, Engenheira de Alimentos/UFG, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos/UFG e doutoranda em Agronegócio/UFG.

Possui bacharelado em engenharia de alimentos pela Universidade Federal de Goiás/Brasil e Purpan - École dingénieurs/França, licenciatura em pedagogia, especialização em Saúde Pública, com ênfase em Vigilância Sanitária e mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (UFG). Foi membro do Comitê de Ética em Pesquisa do IF Goiano de 2013 a 2015. Atualmente trabalha na Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano e é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio da UFG.

Graciella Corciolli, Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Agronegócio (UFG)

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2003), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2006) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Federal de Goiás nas disciplinas de Sociologia Rural e Políticas de Desenvolvimento Rural. É docente permanente do Programa de Pós Graduação em Agronegócio (PPGAGRO-UFG). Coordena o evento Agro Centro-Oeste Familiar. Possui experiência na área de Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: Agricultura Familiar, Extensão Rural e Nutrição Mineral de Plantas. É contra o golpe de 2016.

Referências

CASSOL, A. Instituições sociais e abastecimento alimentar contemporâneo: resgatando a importância socioeconômica das feiras livres tradicionais brasileiras. Em: MENEZES, S. DE S. M.; ALMEIDA, M. G. DE (Eds.). Vamos às feiras!: Cultura e ressignificação dos circuitos curtos. 1. ed. Aracajú: Criação Editora, 2021. p. 97–129.

CASTRO, M. DE C. et al. Cadeia produtiva do leite em Goiás: uma análise para o território Estrada de Ferro. Conjuntura Econômica Goiana, n. 30, p. 83–98, 2014.

CORRÊA, R. L. Trajetórias geográficas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

CRESWELL, J. W.; CLARK, V. L. P. Pesquisa de Métodos Mistos. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

CRUZ, F. T. DA. Produtores, consumidores e valorização de produtos tradicionais: um estudo sobre qualidade de alimentos a partir do caso do queijo serrano dos Campos de Cima da Serra – RS. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Rural) Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural—Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012.

CRUZ, F. T. DA. Agricultura familiar, processamento de alimentos e avanços e retrocessos na regulamentação de alimentos tradicionais e artesanais. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 58, n. 2, 2020.

CRUZ, M. S. DA et al. Agricultura familiar, feiras livres e feirantes do Alto Jequitinhonha. Revista Campo-Território, v. 15, n. 35 Abr., p. 90–120, 10 jun. 2020.

GAZOLLA, M. Cadeias curtas agroalimentares na agroindústria familiar: dinâmicas e atores sociais envolvido. Em: GAZOLLA, M.; SCHNEIDER, S. (Eds.). Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas: negócios e mercados da agricultura familiar. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.

GAZOLLA, M.; SCHNEIDER, S. Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas: negócios e mercados da agricultura familiar. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.

GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOODMAN, D. The quality ‘turn’ and alternative food practices: reflections and agenda. Journal of Rural Studies, v. 19, n. 1, p. 1–7, jan. 2003.

IBGE. Censo Agropecuário 2017. Disponível em: <https://censoagro2017.ibge.gov.br/templates/censo_agro/resultadosagro/pdf/agricultura_famili ar.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2021b.

LIMA JR., A. C. DE S. et al. Diagnóstico da Cadeia Láctea do Estado de Goiás 2019: Relatório de Pesquisa. Goiânia: [s.n.]. Disponível em: <https://sistemafaeg.com.br/storage/arquivos/a559a2148e390880ca5177a7c7c0efc6.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2023.

MENEZES, S. DE S. M. Feiras em Sergipe: domínio da cultura e comercialização em multiplicidade de tempos. Em: MENEZES, S. DE S. M.; ALMEIDA, M. G. DE (Eds.). Vamos às feiras! Cultura e ressignificação dos circuitos curtos. 1. ed. Aracajú: Criação Editora, 2021. p. 59–96.

MIOR, L. C. Agricultores familiares, agroindústrias e redes de desenvolvimento rural. Chapecó: Argos, 2005.

MIRANDA, D. L. R. et al. Construção social de mercados orgânicos: o caso das Células de Consumidores Responsáveis em Florianópolis-SC. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 59, n. 2, 2021.

NÓBREGA, S. DA C.; FERREIRA, L. C. G. Feira interinstitucional agroecológica: Construção de mercado social e fortalecimento do território da agricultura camponesa em Goiás. Em: MENEZES, S. DE S. M.; ALMEIDA, M. G. DE (Eds.). Vamos às feiras!: Cultura e ressignificação dos circuitos curtos. 1. ed. Aracajú: Criação Editora, 2021. p. 236–263.

PLOEG, J. D. VAN DER. El proceso de trabajo agrícola y la mercantilización. Em: GUZMÁN, E. S.; MOLINA, M. G. (Eds.). Ecologia, campesinato y historia. Madrid: Las Ediciones de la Piqueta, 1992. p. 153–196.

PLOEG, J. D. VAN DER. Newly emerging, nested markets: a theoretical introduction. Em: HEBINK, P.; PLOEG, J. D. VAN DER; SCHNEIDER, S. (Eds.). Rural Development and the Construction of New Markets. New York: Routledge, 2014. p. 16.

PLOEG, J. D. VAN DER; JINGZHONG, Y.; SCHNEIDER, S. Rural development through the construction of new, nested, markets: comparative perspectives from China, Brazil and the European Union. Journal of Peasant Studies, v. 39, n. 1, p. 133–173, jan. 2012.

RADÜNZ, A. L.; RADUNZ, A. F. O. Feira Agroecológica da ARPASUL, Pelotas, RS: produção, segurança alimentar e comercialização, um estudo de caso. Revista Espaço Acadêmico, v. 17, n. 192, 2017.

RAMÍREZ, I. M. B.; SOUSA, R. D. P.; LÓPEZ, J. D. G. Canais de comercialização da agricultura familiar: o caso da comunidade de Boa Vista de Acará na Amazônia paraense-Brasil. Revista Tecnologia e Sociedade, v. 16, n. 45, p. 123, 25 set. 2020.

ROCHA, B. A. DA et al. Comercialização de produtos da agricultura familiar e a pandemia da COVID-19: um estudo de caso na região metropolitana de Belém. Revista Competências Digitais para Agricultura Familiar, v. 8, n. 1, 2022.

SCHNEIDER, S. Mercados e Agricultura Familiar. Em: MARQUES, F. C.; CONTERATO, M. A.; SCHNEIDER, S. (Eds.). Construção de Mercados e Agricultura Familiar. [s.l.] Editora da UFRGS, 2016. p. 93–140.

SCHNEIDER, S.; GAZOLLA, M. Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas. Em: GAZOLLA, M.; SCHNEIDER, S. (Eds.). Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas: negócios e mercados da agricultura familiar. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017. p. 9–24.

SEGUNDO, C. B. S. et al. Diversificação produtiva pela agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional: uma revisão narrativa. Anais do 60o Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER). Anais...Natal, Rio Grande do Norte: Even3, 2022.

VERANO, T. DE C.; FIGUEIREDO, R. S.; MEDINA, G. DA S. Agricultores familiares em canais curtos de comercialização: uma análise quantitativa das feiras municipais. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 59, n. 3, 2021.

Downloads

Publicado

2023-10-24

Como Citar

BASÍLIO SCHINAIDER SEGUNDO, C.; THOMÉ DA CRUZ, F.; BUENO COELHO, L.; CORCIOLLI, G. “Banca do Queijeiro”: A origem, os comerciantes e a comercialização dos produtos lácteos nas feiras livres de Goiânia-GO. Revista de Economia do Centro-Oeste, Goiânia, v. 8, n. 1, p. 55–78, 2023. DOI: 10.5216/reoeste.v8i1.76083. Disponível em: https://revistas.ufg.br/reoeste/article/view/76083. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos