Intersubjetividade e o fantasma do solipsismo
Sartre em debate com Husserl, Hegel e Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v30i2.83962Palavras-chave:
Intersubjetividade, solipsismo, fenomenologia, Sartre, O Ser e o Nada.Resumo
O tema do ensaio é o problema da intersubjetividade como tratado pela fenomenologia. Aborda, principalmente, a maneira como o filósofo Jean-Paul Sartre lida com isso com o interesse de superar o risco do solipsismo. Limitando nosso escrito aos contextos da obra O Ser e o Nada, buscamos reconstruir as posições de Sartre, indicando o quanto estas decorrem da interpretação de pensadores que o francês reconhece como tendo contribuído para pensar a interação fundamental entre as consciências e sua própria autodeterminação. Assim, o texto inicia com a interpretação sartreana de como Husserl pensaria a intersubjetividade à luz de sua fenomenologia transcendental; passa para a leitura que o autor francês faz da dialética entre as autoconsciências segundo Hegel; por fim, apresenta como Heidegger é interpretado em sua ontologia fenomenológica ao propor o existencial “ser-com” como estrutura indicativa da possibilidade de coexistência com os outros. O artigo também apresenta as críticas de Sartre a cada um desses interlocutores, críticas essas que partem da evidência de que qualquer consideração fenomenológica a respeito do tema da intersubjetividade (e com o propósito de refutar o solipsismo), deve visar a uma captura essencial do outro na chave da consciência-consciência e não no registro cognitivo dos dados objetivos.
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