Eric Weil e o (não)sentido de um mundo moldado pela ciência
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v29i1.78660Palavras-chave:
Ciência, Modernidade, Sentido, Valor, Filosofia.Resumo
Este artigo analisa, com base na obra de Eric Weil, as condições históricas para o surgimento e a evolução da ciência moderna, refletindo sobre o seu sentido para a nossa civilização. Dividido em três partes distintas, o texto começa investigando as circunstâncias históricas que deram origem à ciência moderna e o seu progresso até se tornar a base do “sonho cartesiano”. Em seguida, examina o paradoxo inerente à concepção moderna de ciência, destacando sua suposta “neutralidade axiológica”. Esse paradoxo é evidente quando a liberdade da ciência em relação a considerações de valor é ela mesma considerada um valor fundamental. Nesse contexto, deve-se reconhecer, simultaneamente, a importância da ciência para o controle da natureza e da história e a sua insuficiência para lidar com a questão do sentido desse domínio. Por fim, o texto aborda as reações comuns ao desafio do sentido da ciência: o cientificismo e o negacionismo científico. Este último argumento é desenvolvido no quadro da relação entre filosofia e ciência.
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