LOURENÇO FILHO E A NACIONALIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO (1917-1945)
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v41i1.38969Resumo
Filho de pai português e mãe sueca, Manoel Bergström Lourenço Filho traria consigo desde a mais tenra infância a inquietação com a nacionalidade. De origem modesta, nascido em 1897 numa pequenina cidade do interior do Estado de São Paulo, ele compartilharia com os brasileiros de sua idade as tensões, angústias e alegrias de ser filho de uma nação em busca de sua identidade no início do século XX. Formado professor em 1914, ele sentiria logo os influxos da maré crescente de nacionalismo provocado pela eclosão da Primeira Guerra Mundial, incorporando-o aos conteúdos do ensino primário ministrado por ele em sua cidade natal, muito deles também filhos de imigrantes. Neste trabalho procura-se reconstruir sua trajetória profissional, pontuando-se nos seus momentos mais significativos a relação entre seus conceitos de nação, estado e educação e as propostas efetivamente assumidas no âmbito do Ministério da Educação e Saúde. Essa análise permite perceber distintamente o uso que o intelectual Lourenço Filho faz de sua competência técnica para tentar impor suas concepções na definição da política educacional durante a ditadura varguista.
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