Missões condicionadas
a dimensão político-religiosa da missionação jesuítica e sua importância na estruturação do Império português no século XVI
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v23i3.54242Resumo
D. João III (1521-1557) promoveu uma série de reformas que imprimiam novos sentidos e configurações ao Império português, não obstante, o século XVI foi o período de consolidação da empresa ultramarina lusitana. O elemento religioso era uma peça central dessa política e, nela, a Companhia de Jesus desempenhou um papel fundamental. Tão logo foi aprovado o funcionado da ordem religiosa em 1540, ela passou a atuar, com privilégios, na conversão dos domínios lusos na Ásia, África e América. Mesmo atuando sob um rigoroso princípio doutrinal, a missionação jesuítica produziu resultados muito diferentes nesses cenários tão diversos. Teria a ordem, então, falhado em sua missão? O objetivo desse artigo é compreender o que promoveu os diferentes resultados da presença da Companhia de Jesus no além-mar e, a partir daí, refletir sobre o seu papel na construção das sociedades coloniais lusas, portanto, no fortalecimento e manutenção do Império português no século XVI.
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