Imaginando o Matriarcado

"reinos de mulheres" na China Tang

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Mots-clés :

Matriarcado, China Tang, Idade Média, Ásia Antiga, Governo de Mulheres

Résumé

As fontes chinesas tradicionais designavam certas sociedades autônomas como “reinos de mulheres”, seja nos casos em que homens não estavam presentes na população ou que as mulheres ocupavam a cabeça do Estado. Este artigo procura identificar e discutir os reinos de mulheres, como conhecidos na China Tang, sob duas categorias: 1ª. Reinos míticos construídos por lenda e imaginação e 2ª. Reinos históricos localizados no oeste do Tibet, no Japão e na Coeria, os quais, de fato, interagiram com a China Tang. Na luz da corrente visão sobre matriarcado, apenas a caracterização chinesa do reino tibetano, antes do século oitavo, pode ser entendida como evidência de um verdadeiro matriarcado em termos de governo feminino, sucessão matrilinear e residência matrilocal. Apesar dos reinados quase contemporâneos da única mulher “imperador”, Wu Zetian, das três rainhas reinantes da Coreia Silla e da meia dúzia de imperatrizes do Japão Yamato/Nara, nenhum destes “reinos de mulheres” pode ser entendido como matriarcados, pois as mulheres, em geral, não exerciam um governo dominante no Estado ou na sociedade.

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Bibliographies de l'auteur-e

Jennifer W. Jay, University of Alberta, Edmonton, Alberta, Canadá, jjay@ualberta.ca

Jennifer W. Jay é uma historiadora especialista em China, vinculada como professora ao Departamento de História, Clássicos e Religião da Universidade de Alberta.
Sua pesquisa é focada na história cultural, intelectual e política da China pré-moderna e moderna, com ênfase nas dinastias Tang, Song e Yuan. Suas áreas de interesse também incluem a história das mulheres na China, a história e literatura dos chineses no Canadá e a diáspora chinesa.

Bruno Tadeu Salles, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, bruno.salles@ufop.edu.br

Graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Possui mestrado (2008) e doutorado (2013) em História Medieval pela mesma instituição. É professor de História Medieval da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Tem experiência na área de História das Ordens Militares e Religiosas. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as comendadorias Templárias da Provença e sua inserção/participação nas diversas expressões dos equilíbrios senhoriais nos séculos XII e XIII. Além disso, dedica-se aos estudos sobre as Cruzadas a partir do Método das Histórias Conectadas e da ênfase sobre as fontes de origem muçulmana. Pesquisador vinculado ao Laboratório de Estudos Medievais (LEME).

Ana Batista Pacheco Garcia, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, ana.pacheco@aluno.ufop.edu.br

Graduanda de Licenciatura em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. Integrante do Laboratório de Estudos Medievais da Universidade Federal de Ouro Preto (LEME/UFOP). Possui interesse em História Antiga, com enfânse em História da China.

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2025-10-06 — Mis(e) à jour 2025-10-09

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JAY, Jennifer W.; SALLES, Bruno Tadeu; BATISTA PACHECO GARCIA, Ana. Imaginando o Matriarcado: "reinos de mulheres" na China Tang. História Revista, Goiânia, v. 29, n. 3, p. 85–110, 2025. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/74849. Acesso em: 5 déc. 2025.

Numéro

Vol. 29 No. 3 (2024): A circulação e o recebimento de informações: uma história conectada da Idade Média

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