Brasil no necesita un almacén

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DOI:

https://doi.org/10.5216/hr.v30i1.74080

Palabras clave:

Lei 7 de Novembro de 1831, apropriação do trabalho escravizado, dependência política/econômica

Resumen

Por meio de uma abordagem transnacional, este artigo analisa o período entre 1825 a 1831, interpretando a lei de 7 de novembro, que tornou o comércio de escravizados em prática ilegal, como fruto de uma manobra política de d. Pedro I. Movimentação não percebida pelos jornais da época e, consequentemente, não resultante do período liberal vivenciado após a abdicação do monarca. A estratégia do imperador do Brasil e herdeiro do trono português pôs fim à intervenção inglesa sobre uma atividade sensível economicamente para os dois impérios bragantinos. Assim, apresentamos o avistar e a perspectiva de se libertar do cerco e do estrangulamento econômico inglês oferecidos pelo Tratado de 1826, e o impacto econômico para a principal fornecedora de escravizados do Brasil. Por conseguinte, a abordagem evidencia a estruturação política e econômica, não só do Brasil, mas também de Portugal, que estruturou a exploração de Angola em torno do comércio humano.

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Biografía del autor/a

Alan Souza, Universidade de Lisboa (ULisboa), Lisboa, Portugal, ppunk_alan@hotmail.com

Doutor em História pelo Programa Interuniversitário de Doutoramento em História (PIUDHist), vinculado ao Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, como Bolsista Capes (2020). Mestrado (2011) e Graduação/Licenciatura (2008) pela Universidade Severino Sombra. Possui experiência em ensino e pesquisa na área de História do Brasil Império. É autor dos livros: Terras e Escravos: a desordem senhorial no Vale do Paraíba fluminense e Cargos Comissionados: clientelismo do Estado Social e Democrático, além de capítulos de livros e artigos sobre o período de fragmentação do império português e a implicação para os domínios em África e a época imperial do Brasil.

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Publicado

2025-11-29

Cómo citar

SOUZA, Alan. Brasil no necesita un almacén. História Revista, Goiânia, v. 30, n. 1, p. 288–311, 2025. DOI: 10.5216/hr.v30i1.74080. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/74080. Acesso em: 5 dic. 2025.