Memórias de travessia

Corporeidade e memória coletiva no Terreiro de Umbanda “Filhos do Oriente Maior” no Município de Açailândia, MA

Auteurs-es

  • Jennifer Martins Almeida
  • Iranice Gonçalves Muniz
  • Joaquim Shiraishi Neto

DOI :

https://doi.org/10.5216/hr.v26i3.73300

Mots-clés :

Corporeidade, memória coletiva, povos de terreiro

Résumé

Este trabalho busca refletir sobre a construção da memória coletiva da comunidade de umbanda “Filhos do Oriente Maior” no município de Açailândia/ MA a partir dos conceitos de corporeidade e transmigração. Metodologicamente, o trabalho alinha-se à pedagogia das encruzilhadas de Luiz Rufino (2019), utilizando o documentário Orí (1989) de Raquel Gerber e Beatriz Nascimento, para relacionar conceitos de transmigração e corpo-território com a construção da memória coletiva dos povos de terreiro. Buscou-se, ainda, a partir da oralidade e do diálogo com a comunidade “Filhos do Oriente Maior”, um resgate da memória coletiva do grupo e da configuração de seu território e práticas ritualísticas. Por fim, constatou-se que a identidade coletiva da comunidade é indissociável da memória inscrita no próprio corpo de seus integrantes, da oralidade e do território ocupado.

 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Jennifer Martins Almeida

Advogada. Mestranda em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Gestão da Segurança Pública pela Universidade Federal do Maranhão

Iranice Gonçalves Muniz

Pós-doutorado pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Professora do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos Cidadania e Políticas Públicas (PPGD/ CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Joaquim Shiraishi Neto

Pós-doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Doutor em Direito. Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).  Bolsista PCDRT

Références

GROSFOGUEL, Ramon. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. IN: COSTA, Bernardino; MADONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramon. Decolonialidade e Pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. p.27-55.

GUIMARÃES, Andréa Letícia Carvalho. I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana: análise da sua abordagem conceitual de povo, comunidade e tradição. 2013. Disponível em: < http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=cda79cef5b3d69e4> Acesso em 10 de setembro de 2021.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005.

HAMPATÊ BÂ, Amadou. A tradição viva. In: Ki-Xerbo, Joseph (Org). História geral da África. 2 ed. Brasília: UNESCO, 2010. p. 167-212.

LEAL, Thiago. Entrevista concedida a Jennifer Martins Almeida. Açailândia, 30 de novembro de 2021.

MESQUITA, Elenita Santos. Entrevista concedida a Jennifer Martins Almeida. Açailândia, 29 de novembro de 2021.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1978.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. São

Paulo, n. 10, p. 12. 1993.

ORÍ. Direção de Raquel Gerber. Brasil: Estelar Produções Cinematográficas e Culturais Ltda, 1989, vídeo (131 min), colorido. Relançado em 2009, em formato digital. Disponível em:<https://drive.google.com/file/d/1PBQutmbrgakx63IUUD8qOgIM2wKVId4n/view.> Acesso em: 20 de agosto de 2021.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, p. 3-15.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgard (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, CLACSO, 2005, p.117-142. Disponível em:< http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf>. Acesso em 15 de agosto de 2021.

RATTS, Alecsandro (Alex) J. P. Eu sou Atlântica: Sobre a Trajetória de Vida de Beatriz Nascimento. 1. ed. São Paulo: Imprensa Oficial / instituto Kuanza, 2007. v. 1. 136p.

REIS NETO, João Augusto dos. Terreiro e produção de epistemologias decoloniais: narrativas de um pesquisador filho de santo. Revista docência e cibercultura, Rio de Janeiro. v.5, n.2, p.98-127, maio/ago. 2021.

REIS, Rodrigo Ferreira dos. Orí e memória: o pensamento de Beatriz Nascimento. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana. São Paulo, NEACP, Ano XIII, nº XXIII, p. 9-24. abril/2020.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro, Mórua Editorial, 2019.

SANTOS, Joseanes Limas dos. Registro da memória e construção da identidade histórica do terreiro filhos de obá. 2020. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) - Universidade de Brasília. Brasília, 2020. 86 p.

SHIRAISHI NETO, Joaquim; SHIRAISHI, Mirtes Tieko. Código Amarelo: dispositivos classificatórios e discriminatórios de imigrantes japoneses no Brasil. São Luís: Edufma, 2016.

SIMAS, Luiz Antônio; RUFINO, Luiz. Fogo no Mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.

SIMAS, Luiz Antônio. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2021.

Téléchargements

Publié-e

2023-01-31

Comment citer

ALMEIDA, J. M. .; MUNIZ, I. G.; NETO, J. S. . Memórias de travessia: Corporeidade e memória coletiva no Terreiro de Umbanda “Filhos do Oriente Maior” no Município de Açailândia, MA. História Revista, Goiânia, v. 26, n. 3, p. 36–52, 2023. DOI: 10.5216/hr.v26i3.73300. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/73300. Acesso em: 21 nov. 2024.