O dispensário epitácio pessoa e a institucionalização da luta contra a tuberculose na Paraíba do Norte (1923 – 1933)
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v28i1.75289Palabras clave:
História da tuberculose, Profilaxia, Saúde PúblicaResumen
O presente artigo investiga o processo de instalação e atuação do Dispensário Epitácio Pessoa na cidade da Paraíba do Norte, atual João Pessoa, ao longo de uma década em de funcionamento. Consoante o processo de reforma sanitária em âmbito nacional, a constituição desse serviço se configurou na tomada por parte do Estado do papel na luta contra a tuberculose, representando a institucionalização do primeiro serviço de profilaxia da tísica na Paraíba. Sua instalação teve grande reverberação pela imprensa paraibana oficial. Ao mesmo tempo em que se chamava a atenção para o problema da tuberculose, cuja mortalidade ascendia a cada ano, os artigos de médicos e jornalistas buscavam por um lado instruir a população para as formas de impedir o contágio e de outro divulgar os serviços realizados pelo Dispensário contra a Tuberculose.
Descargas
Citas
ARAÚJO, Fátima. Paraíba, imprensa e vida. João Pessoa: A União, 1986.
ARAÚJO, Rafael Nóbrega. O terrível flagelo da humanidade: discursos médico-higienistas no combate à sífilis na Paraíba (1921-1940). São Paulo: e-Manuscrito, 2021.
ARAÚJO, Silvera Vieira de. Entre o poder e a ciência: história das instituições de saúde e higiene da Paraíba na Primeira República (1889-1930). Tese (Doutorado em História). UFPE. Recife, 2016.
BALANDIER, Georges. O poder em cena. Brasília: Editora UnB, 1982.
BERTOLLI FILHO, Cláudio. História social da tuberculose e do tuberculoso: 1900-1950. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2001.
BOLETIM dos trabalhos. DNSP. Serviço de Saneamento Rural no Estado da Paraíba. Paraíba do Norte, Dezembro, 1927.
BRASIL. Decreto n. 14.354, de 15 de setembro de 1920. Diário Oficial dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, ano LIX, 32 da República, n. 215, 16 set. 1920.
CASTRO-SANTOS, Luiz Antônio de. “O pensamento sanitarista na Primeira República: Uma ideologia de construção da nacionalidade”. Dados. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 28, n .2, p.193-210, 1985.
CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 41 ed. Petropólis: Vozes, 2013.
GILL, Lorena Almeida. O mal do século: tuberculose, tuberculosos e política de saúde em Pelotas/RS, 1890-1930. Pelotas: EDUCAT, 2007.
GURJÃO, Eliete Queiroz. Morte e vida das oligarquias. Paraíba (1889-1945). 2 ed. João Pessoa: Editora CCTA, 2020.
HOCHMAN, Gilberto. A era do saneamento: as bases da política de saúde pública no Brasil. 3 ed. São Paulo: Hucitec, 2012.
HOCHMAN, Gilberto. ARMUS, Diego. Cuidar, controlar, curar em perspectiva histórica: uma introdução. In: _______. (Org.). Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004, p. 11-27.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.
LEWIN, Linda. Política e parentela na Paraíba: um estudo de caso da oligarquia de base familiar. Rio de Janeiro: Record, 1993.
LIMA, Nísia Trindade. HOCHMAN, Gilberto. Condenado pela raça, absolvido pela medicina: o Brasil descoberto pelo movimento sanitarista da Primeira República. In: MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura. (Org.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1996, p. 23-40.
LIMA, Nísia Trindade; HOCHMAN, Gilberto. “Pouca Saúde e muita Saúva”: sanitarismo, interpretações do país e ciências sociais. In: HOCHMAN, Gilberto; ARMUS, Diego (Org.). Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004, p. 493-533.
MACHADO, João Lopes. Mensagem apresentada a Assembleia Legislativa do Estado em 1º de setembro de 1912. Paraíba do Norte: Imprensa Oficial, 1912.
NASCIMENTO, Dilene Raimundo do. As pestes do século XX: tuberculose e Aids no Brasil, uma história comparada. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
NASCIMENTO, Dilene Raimundo do. Fundação Ataulpho de Paiva: Liga Brasileira Contra a Tuberculose: um século de luta. Rio de Janeiro: Quadratim, 2002.
OLIVEIRA, Iranilson Buriti de; SOARES JUNIOR, A. S. "Pés sem bichos, tripas sem vermes": histórias das práticas educativas da saúde na Paraíba na primeira metade do século XX. In: RAMOS, Alcides Freire; PATRIOTA, Rosângela. (Org.). História Cultural: reflexões contemporâneas. 1 ed. São Paulo: Verona, 2020, v. 1, p. 8-33.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi. A questão nacional na Primeira República. São Paulo: Brasiliense; Brasília: CNPq, 1990.
ORNELLAS, Cleuza Panisset. Paciente Excluído: história e crítica das práticas médicas de confinamento. Rio de Janeiro: Editora Revan, 1997.
PARAHYBA DO NORTE. Coleção dos Atos dos Poderes Legislativo e Executivo do Estado da Paraíba em 1911. Paraíba do Norte: Imprensa Oficial, 1912.
PESSOA, Epitácio. Mensagem apresentada ao Congresso Nacional na abertura da 1ª Sessão da 11ª Legislatura. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1921
RIBEIRO, Maria Alice Rosa. Historia sem fim... Inventário da saúde pública. São Paulo (1889-1930). São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993.
ROSEMBERG, Ana Margarida Furtado Arruda. Guerra à peste branca: Clemente Ferreira e a Liga Paulista contra a tuberculose 1899-1947. 2008. 249 f. Dissertação (Mestrado em História Social). PUC-SP, São Paulo, 2008.
SILVA, Maria Elisa Lemos Nunes da. O Dispensário Ramiro de Azevedo e a constituição de políticas de enfrentamento da tuberculose na Bahia na década de 1920. In:_______. BATISTA, Ricardo. História e saúde: políticas, assistência, doenças e instituições na Bahia. Salvador: Eduneb, 2018, p. 69-102.
SUASSUNA, João. Mensagem apresentada a Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Paraíba do Norte: Imprensa Oficial, 1928.
VASCONCELOS, José Teixeira de. Relatório da Diretoria Geral de Higiene do Estado. 18 de julho de 1921.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaração de Direito Autoral
Concedo a História Revista o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.