Surfando à beira da falésia ou como o historiador navega e escreve em tempos de rede mundial de computadores
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v26i2.68278Resumen
Esse texto aborda os desafios enfrentados pelos historiadores na contemporaneidade, esse tempo cada vez mais líquido e fugidio. Ele propõe que abramos mão de qualquer ilusão em torno da existência de um solo firme para a produção do conhecimento histórico, de qualquer ponto fixo em que residiria a verdade histórica, mesmo que seja uma beira de falésia, para nos lançarmos na aventura de construir conhecimento e verdades, de inventarmos o passado, nos lançando no interior do mar do tempo e da história, onde a realidade é o movimento e a mudança incessantes. Substituamos o historiador contemplativo e amedrontado à beira da falésia, ainda buscando nas práticas sociais uma tábua de salvação, pelo historiador-surfista, conhecendo ao se deslocar, ao se mover, ao se por a prova na crista das ondas de nosso tempo, tempo de navegações e piratarias na rede mundial de computadores, na aventura de tentar impedir que a vontade de verdade, em nosso campo, venha naufragar.
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