As absolvições da filosofia heideggeriana no tribunal da história
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v29i3.80044Palabras clave:
Heidegger. Nazismo. Imprensa.Resumen
Este artigo busca interpretar as “absolvições” da filosofia heideggeriana acusada de associação com o nazismo e da culpa mural de Martin Heidegger pelo seu silêncio sobre o Holocausto por meio da análise de artigos de opinião elaborados por filósofos brasileiros e publicados nos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil entre as décadas 1980-1990. O impacto do livro Heidegger e o nazismo (1987), do filósofo chileno Víctor Farías, foi rapidamente antagonizado por esses intelectuais que, de modo geral, sustentavam a necessidade de separar a obra e a vida político-partidária de Heidegger, bem como a incoerência na constituição de um “tribunal” político-moral da filosofia. Entre acusações e defesas, a absolvição de um sujeito cujo envolvimento com o nazismo é de amplo conhecimento em meio a consolidação democrática latino-americana marca o “caso Heidegger” como um sinônimo dos impasses da justiça e de sua narração.
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