A montanha mágica escalada por Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/hr.v26i2.68080

Resumo

Esse texto apresenta uma reflexão acerca das mudanças recentes ocorridas na experiência temporal e os desafios para interpretá-las nos quadros das Ciências Humanas. Tomamos como base o romance A Montanha Mágica, escrito por Thomas Mann, lido em diálogo com as ideias de Walter Benjamin acerca do tempo histórico. Defende-se que as críticas de ambos à modernidade capitalista fornecem pistas relevantes para a cura da sensação de asfixia que permeia o mundo contemporâneo. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Gusmão Quadros, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil, eduardo.hgs@hotmail.com

Doutorado em História pela Universidade de Brasília. É professor da Pós-graduação Pontifícia Universidade Católica de Goiás e da Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás (PROMEP).

Referências

ABRAHÃO, Thiago H. de Camargo. A liberdade em A Montanha Mágica. Pandemonium Germanicum, 23, 40, mai 2020, p. 1-19.

AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

APATA, Gabriel O. “I can’t breathe”: the suffocating nature of racism. Theory, Culture & Society, v. 37, 7-8, 2020, p. 241-254.

ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo. São Paulo: Boitempo, 2014.

ARENDT, Hannah. O que é política? 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

BECK, Ulrich. Sociedade de risco – rumo a outra modernidade. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito da história. 5. ed. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994, p. 222-232.

BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. 5. ed. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994, p. 109-114.

BENJAMIN, Walter. O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013.

BENJAMIN, Walter. Passagens. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2018.

BERARDI, Franco. Asfixia: capitalismo financeiro e insurreição da linguagem. São Paulo: UBU Editora, 2020.

BOLTANSKI, Luc e CHIAPELLO, Eve. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

CALDAS, Pedro S. Pereira. O murmurante evocador do passado: a montanha mágica e o romance de formação. Revista História da Historiografia, 16, dez. 2014, p. 107-120.

DEBORD, Guy. La planète malade. Paris: Gallimard, 2004.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo - História da arte e anacronismo das imagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.

DORAN, Robert. Choosing the past: Hayden White and the Philosophy of History. In: DORAN, R. (ed.). Philosophy of History after Hayden White. New York: Bloomsbury Publishing, 2013, p. 1-34.

DUMOULIN, O. Anacronismo. In: BURGUIÈRE, André (org.). Dicionário das Ciências Históricas. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1993, p. 47-48.

ELIAS, Nobert. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

HARTOG, François. Evidência da História: o que os historiadores veem. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.

HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Multidão: guerra e democracia na era do império. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2012.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

KERN, Stephen. The culture of Time and Space (1880-1918). 2. ed. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 1999.

LOWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. São Paulo: Boitempo editorial, 2005.

LÖWITH, Karl. O sentido da história. Lisboa: Edições 70, 1991.

LUKÁCS, Georg. Essays on Thomas Mann. London: Merlin Press, 1964.

MANN, Thomas. A Montanha Mágica. Lisboa: Dom Quixote, 2009.

MANN, Thomas. A montanha mágica, de Thomas Mann. Revista Perspectivas, São Paulo, 19, 1996, p. 131-142.

MATE, Reys. La historia como interrupción del tempo. In: MATE, Reys (ed.). Filosofia de la historia. Valladolid: Simancas Ediciones, 1993, p. 271-287.

QUADROS, Eduardo G. Voltar a Benjamin, novamente. In: PASSOS, A. A.; BENTO, L. C.; GODOI, R. T (orgs.). Historiografia crítica: ensaios de analítica e hermenêutica da História. Vitória, ES: Editora Milfontes, 2020, p. 143-160.

RICOEUR, Paul. La configuration du temps dans le récit de fiction (temps et récit – tome II). Paris: Éditions du Seuil, 1984.

RYAN, Bartholomew. Kierkegaard’s indirect politics – Interludes with Lukács, Schmitt, Benjamin and Adorno. New York: Rodolpi Press, 2014.

SCHWAB, Klaus. A better economy is possible. But We need to reimagine capitalism to do it. Time USA, 22/10/2020. Disponível em: https://time.com/collection/great-reset/5900748/klaus-schwab-capitalism/, consultada em 07/02/2021.

VAZ, Alexandre Fernandez. Elogio ao anacronismo: afetos, memórias, experiências em Asas do Desejo, de Win Wenders. Educação em Revista, 35, 73, jan.-fev. de 2019, p. 117-134.

VIRNO, Paolo. Virtuosismo e revolução: a ideia de mundo entre a experiência sensível e a esfera pública. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

WITTE, Bernd. Walter Benjamin – uma biografia. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

Downloads

Publicado

2021-11-04

Como Citar

QUADROS, E. G. A montanha mágica escalada por Walter Benjamin. História Revista, Goiânia, v. 26, n. 2, p. 74–91, 2021. DOI: 10.5216/hr.v26i2.68080. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/68080. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Cultura e barbárie: o mundo em tempos extremos"