REPRESENTAÇÕES ESCATOLÓGICAS EM TRÊS CANTIGAS SATÍRICAS IBÉRICAS (SÉCULOS XIII-XIV)
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v10i2.9171Resumo
Este artigo analisa três leituras poéticas satíricas em galego-português, dos séculos XIII e XIV, sobre os sinais catastróficos do final dos tempos. Essas cantigas mostram as ressonâncias das representações do imaginário religioso cristão na literatura laica. Há duas representações recorrentes dos sinais da proximidade do apocalipse: o mundo às avessas e a vinda do Anticristo. Cada cantiga satírica delineia um mundo ao mesmo tempo particular ibérico e universal europeu, criado numa determinada vivência histórica dos reinos cristãos da Península Ibérica. Três trovadores ricos-homens de linhagem nobre foram os autores dessas composições risíveis, mas também testemunhos da sensibilidade de sua época. O primeiro foi Joan Soárez Coelho, bastardo da linhagem dos Coelhos e autor da gesta de seu antepassado Egas Moniz; o segundo, o trovador-clérigo Martim Moya (ou Moxa), provavelmente aragonês, e o terceiro, D. Pedro, Conde de Barcelos, filho bastardo do rei português Dinis.
Palavras-chave: Escatologia, representação, anticristo, mundo às avessas, cantiga.
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