A lei de 7 de novembro de 1831 e a estruturação polítca e econômica de dois impérios bragantinos no Atlântico
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v30i1.74080Palavras-chave:
Lei 7 de Novembro de 1831, apropriação do trabalho escravizado, dependência política/econômicaResumo
Por meio de uma abordagem transnacional, este artigo analisa o período entre 1825 a 1831, interpretando a lei de 7 de novembro, que tornou o comércio de escravizados em prática ilegal, como fruto de uma manobra política de d. Pedro I. Movimentação não percebida pelos jornais da época e, consequentemente, não resultante do período liberal vivenciado após a abdicação do monarca. A estratégia do imperador do Brasil e herdeiro do trono português pôs fim à intervenção inglesa sobre uma atividade sensível economicamente para os dois impérios bragantinos. Assim, apresentamos o avistar e a perspectiva de se libertar do cerco e do estrangulamento econômico inglês oferecidos pelo Tratado de 1826, e o impacto econômico para a principal fornecedora de escravizados do Brasil. Por conseguinte, a abordagem evidencia a estruturação política e econômica, não só do Brasil, mas também de Portugal, que estruturou a exploração de Angola em torno do comércio humano.
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