A Educação e o “empoderamento” feminino na Sociedade Romana

As mulheres da Gens Sempronia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/hr.v27i3.72050

Palavras-chave:

Semprônia Graco, Interseccionalidade, Estudos Clássicos

Resumo

Ao pensar a respeito das aproximações entre a História e os sentimentos humanos por meio da perspectiva dos estudos de gênero, propomos uma análise interseccional da educação das mulheres romanas em seu contexto social, a partir do caso de Semprônia Graco.  Mulher educada, que compunha versos e despertava paixões, Semprônia foi retratada por Salústio em Bellum Catilinae, como corrupta, acusada de crimes de uma audácia varonil. Desta forma, ao considerar os fatores de discriminação no processo de construção da imagem feminina, a interseccionalidade nos possibilita um outro olhar sobre as mulheres e seus saberes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Cerqueira Barbosa, Rede Estadual de Ensino Fundamental e Médio, Londrina, Paraná, Brasil, renata7barbosa@hotmail.com

Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Campus de Assis. Atua no ensino Fundamental e Médio e é professora colaboradora Adjunta do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

Referências

Fontes

APIANO. Historia Romana II: Guerras Civiles. Libros I – II. Tradução de Antonio Sancho Royo. Madrid: Editorial Gredos, 1985.

SALÚSTIO. A Conjuração de Catilina. Tradução de Adriano Scatolin. São Paulo: Hedra, 2016.

SALLUSTIUS. Bellum Catilinae. Edited, Introduction and Commentary, by J. T. Ramsey. Oxford: Oxford University Press, 2007.

SALLUSTIUS. Bellum Catilinae. Trad. J. C. Rolfe. Cambridge: Harvard University Press, 1955.

SÊNECA, Epístolas, 95,20-1. Tradução de C. Edwards. The Politcs of Immorality in Ancient Rome, Cambridge: Cambridge University Press.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BARBOSA, Renata C. “Gênero, Identidade e Liberdade: A Influência da Cultura Helenística na Educação das Mulheres Romanas” In: FUNARI, P. P. A. & MARQUETTI, F. R. Autorretrato: gênero, identidade e liberdade. Londrina: Eduel, 2019, pp: 67 – 86.

BARRETT, A. A. A. Agrippina: Sex, Power, and Politics in the Early Empire. London: Routledge, 2001.

BILGE, Sirma. “Théorisations féministes de l’intersectionnalité”. Diogène, 2009, 1 (225): 70-88.

CRENSHAW, Kimberlé W. “Demarginalizing the intersection of race and sex; a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics”. University of Chicago Legal Forum. Chicago: 1989, pp. 139-167.

DIXON, S. Roman Mother. N Y: Routledge, 2013.

HALLETT, J. Fathers and daughters in Roman Society: women and the elite Family. Princeton University Press: Princeton, 1984.

HEMELRIJK, Emily A. Matrona Docta: Educated women in the Roman élite from Cornelia to Julia Domna. London and New York: Routledge, 1999.

HILLARD, T. “On the stage, behind the curtain: images of politically active women in the late Roman republic”. In GARLICK, B. DIXON, S. ALLEN, P. (eds) Stereotypes of Women in Power: Historical perspectives and Revisionist Views. New York: Greenwood Press, 1992, pp: 37-63.

JOSHEL, Sandra R., MURNAGHAN, Sheila. Women And Slaves In Greco-Roman Culture: Differential Equations, N. Y: Routledge, 1998.

PEREIRA, M. H.R. Estudos de História da Cultura Clássica II. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.

RIOSA, F. & SOTEROB, E. “Gênero em perspectiva interseccional”. PLURAL, Revista do Programa de Pós-graduação em Sociologia da USP, 2019, 26 (1), 1–10.

SMITH, W. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Vol. III. London: Oarses-Zygia, 1890.

TAKACS, Sarolta A. Vestal Virgins, Sibyls, And Matrons: Women in Roman Religion. Austin: University of Texas Press, 2008.

VEYNE, Paul. A Elegia Erótica Romana. O amor, a poesia e o ocidente. São Paulo: Brasiliense, 1995.

Downloads

Publicado

2023-09-26

Como Citar

CERQUEIRA BARBOSA, R. A Educação e o “empoderamento” feminino na Sociedade Romana: As mulheres da Gens Sempronia . História Revista, Goiânia, v. 27, n. 3, p. 18–39, 2023. DOI: 10.5216/hr.v27i3.72050. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/72050. Acesso em: 27 abr. 2024.