Um ensaio sobre a Arqueologia da Paisagem
Palabras clave:
Arqueologia. Antropologia. História. Paisagem ponto.Resumen
A trajetória histórica do conceito de paisagem - no âmbito da Arqueologia - é recapitulada desde os primórdios da disciplina no
século XIX até as abordagens mais atuais, passando pelo históricoculturalismo e o processualismo. A diversidade de aplicações do
conceito de Paisagem na Arqueologia é apresentada através de uma série de exemplos concretos que incluem a monumentalidade
funerário dos sambaquis do sul do Brasil; os trabalhos de terra e as Paisagens de Movimento nos Llanos de Morros na Bolívia; a
sacralidade da paisagem e o conceito de Huaca entre as sociedades andinas; os terraços suspensos para agricultura nas Guianas; o
debate sobre a capacidade de carga dos biomas amazônicos e o manejo florestal pré-colonial; os ‘geoglifos’ pan-amazonicos; e a
colina de Bückberg, na Alemanha, na qual foi realizado o ‘festival da colheita’ do Terceiro Reich nazista
Citas
ANSCHUETZ, K. F.; WILSHUSEN, R. H.; SCHEICK, C. L. An archaeology of landscapes: perspectives and directions. Journal of Archaeological research, v. 9, n. 2, p. 157-211, 2001.
BALÉE, W.; ERICKSON, C. Time and complexity in historical ecology: studies in the neotropical lowlands. Columbia University Press, 2006.
BECK,L. A. Regional approaches to mortuary analysis. Springer Science & Business Media, 2013.
BINFORD, L. R. Mortuary practices: their study and their potential. Society for American Archaeology, Washington, DC, p.6-29, 1970.
BINFORD,L. R. The archaeology of place. Journal of Anthropological Archaeology, v.1, p. 5-31, 1982.
BOURDIEU,P. Outline of a theory of practice. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.
BURSTRÖM, M.; GELDERBLOM,B. Dealing with difficult heritage: The case of Bückeberg, site of the third reich harvest festival. Journal of Social Archaeology, v.11, p. 266-282, 2011.
BUTZER, K. W.Archaeology as human ecology. Cambridge: Cambridge University Press, 1982.
CHILDE, V. G. The dawn of European civilization. Kegan Paul, London, 1925.
DAVID, B.; THOMAS, J. Landscape Archaeology: introduction. In:- DAVID,B.;THOMAS,J. (eds.).Handbook of Landscape Archaeology. London: Routledge, 1998. p. 27-43.
DEBLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GASPAR, M. D. Sambaqui e paisagem: dinâmica natural e arqueologia regional no litoral do sul do Brasil. Arqueologia Suramericana, v.3, p. 29-61, 2007.
DUNNELL, R. C. The notion of site. In: DUNNELL, R. C. Space, time, and archaeological landscapes. Boston: Springer, 1992. p. 21-41.
FAGUNDES, M.; PIUZANA, D. Estudo teórico sobre o uso conceito de paisagem em pesquisas arqueológicas. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, v.8, p. 205-220, 2010.
GIANOTTI, C.; BONOMO, M. De montículos a paisajes: processo de transformación y construcción de paisajes en el sur de la cuenca del Plata. Comechingonia Revista de Arqueología, p. 129-163, 2013.
GOLDSTEIN,L. G. Spatial structure and social organization: regional manifestations of Mississippian society. 1976. Dissertation (Unpublished Ph.D.) - Northwestern University, Evanston, Illinois, 1976.
HECKENBERGER, Michael. The ecology of power: culture, place, and personhood in the southern Amazon, AD 1000-2000. Psychology Press, 2005.
HECKENBERGER,M.; NEVES,E. G. Amazonian Archaeology. Annual Review of Anthropology, v.38, p. 251-266, 2009.
HECKENBERGER, M. J.; RUSSELL,J. C.; TONEY,J. R.; SCHMIDT, M. J. The legacy of cultural landscapes in the Brazilian Amazon: Implications for biodiversity. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 362, p. 197-208, 2007.
HODDER,I. (ed.).The spatial organization of culture. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 1978.
INGOLD, T. The temporality of the landscape. World Archaeology, v.25, p. 152-174, 1993.
MARSHALL, A. J. Environment and agriculture during the Iron Age: statistical analysis of changing settlement ecology. World Archaeology, v. 9, p. 347-356, 1978.
MEGGERS,B.J. Environmental limitation on the development of culture. American Anthropologist, v.56, p. 801-824, 1954.
MEGGERS,B. J. The continuing quest for El Dorado: Round two. Latin American Antiquity, v. 12, p. 304-325, 2001.
MENESES,U. T. B. A paisagem como fato cultural. In: SERPA, A.; NUNES, C.; SANDEVILLE JR. E.et al.(eds.).Turismo e Paisagem. São
Paulo: Contexto, 2002. p. 29-64.
MORAES,C. P.; NEVES,E. G. O ano 1000: adensamento populacional, interação e conflito na Amazônia Central. Amazônica, v. 4, p.
-148, 2012.
MORAIS, J. L. Tópicos de arqueologia da paisagem. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n.10, p. 3-30,
PELLINI, J. R. Onde está o gato? Realidade, arqueologia sensorial e paisagem. Habitus, Goiânia, v.9, n. 1, p. 17-31, 2011.
PUGLIESI, F. A.; VALLE, R. B. M. A gestão do patrimônio arqueológico em territórios indígenas: a resistência Munduruku e a preservação do patrimônio cultural frente aos territórios tradicionalmente ocupados. Revista de Arqueologia, São Paulo, v. 28, n. 1,
p. 30-51, 2015.
ROOSEVELT,A. C. The Amazon and the Anthropocene: 13,000 years of human influence in a tropical rainforest. Anthropocene [on-line], v. 4, p. 69-87, 2013.
SALAZAR, E. Pre-Columbian mound complexes in the Upano River Valley, Lowland Ecuador. In: SILVERMAN, H.; ISBELL,W. H. (eds.). Handbook of South American Archaeology. New York: Springer, 2008. p. 263-278.
SALDANHA, J. D. M.; CABRAL, M. P. Potes e pedras: uma gramática de monumentos megalíticos e lugares naturais na costa norte do
Amapá. Revista de Arqueologia, v.25, p. 48-57, 2012.
SAXE, A. A. Social dimensions of mortuary practices in a Mesolithic population from Wadi Haifa, Sudan. Memoirs of the Society for American Archaeology, v.25, n. 1, p. 39-57, 1971.
SCHMIDT, M. J.; RAPP PY-DANIEL, A.; PAULA MORAES, C. et al.Dark earths and the human built landscape in Amazonia: a widespread
pattern of anthrosol formation. Journal of Archaeological Science, v.42, p. 152-165, 2014.
SILVA, F. A. Arqueologia colaborativa com os Asurini do Xingu: um relato sobre a pesquisa no igarapé Piranhaquara, T. I. Koatinemo.
Revista de Antropologia,S ão Paulo, v.58, n. 2, p. 143-172, 2015.
SNEAD, J. E.; ERICKSON,C. L.; DARLING, J. A. Landscapes of movement: trails, paths, and roads in anthropological perspective. Philadelphia: University of Pennsylvania Museum of Archaeology and Anthropology, 2009.
SOUZA, R. A. Arqueologia e a guerrilha do Araguaia ou a materialidade contra a não narrativa. Revista de Arqueologia Pública, Campinas, v. 10, n. 1, p. 1-19, 2014.
STAGER, L. E.; HURST, H. A metropolitan landscape: the late Punic port of Carthage. World Archaeology, v. 9, n. 3, p. 334-346, 1978.
STJERNQUIST, B. Approaches to settlement archaeology in Sweden. World Archaeology, v. 9, n. 3, p. 251-264, 1978.
STRAUSS, A. Possibilidades e limitações interpretativas da Hipótese Saxe/Goldstein. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Humanas, Belém, v.7, n. 2, p. 525-546, maio-ago. 2012.
TER STEEGE H.; PITMAN, N. C. A.; SABATIER, D.et al. Hyperdominance in the Amazonian Tree Flora. Science, v. 342, n. 6156, Oct. 2013.
TILLEY,C. A phenomenology of landscape places, paths and monuments. Oxford: Berg Publisher, 1994.
TRIGGER, B. G. História do Pensamento Arqueológico. 2. ed. São Paulo: Odysseus, 2011.
WATLING, J.; et al. Impact of pre-Columbian “geoglyph” builders on Amazonian forests. Proceedings of the National Academy of
Sciences, v. 114, n. 8, p. 1868-1873, 2017.
WILLEY, G. R. Prehistoric settlement patterns in the Virú; Valley, Peru. Bureau of American Ethnology Bulletin, v.155, p. 1-453, 1953.
WÜST, I., BARRETO, C. The ring villages of central Brazil: a challenge for Amazonian archaeology. Latin American Antiquity, p. 3-23, 1999.
ZARANKIN, A.; PELLINI, J. R. Arqueologia e companhia: reflexões sobre a introdução de uma lógica de mercado na prática arqueológica brasileira. Revista de Arqueologia, São Paulo, v.25, p. 44- 60, 2012.
ZEDEÑO, M. N. Landscapes, Land Use, and the History of Territory Formation: An Example from the Puebloan Southwest. Journal of Archaeological Method and Theory, v. 4, p. 67-103, 1997.
Descargas
Publicado
Versiones
- 2022-03-30 (2)
- 2022-03-09 (1)
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 André Strauss
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os(as) autor(es/as) que publicam na Revista Hawò são os responsáveis pelo conteúdo dos artigos assinados e detém os direitos autorais. Concedem à revista, o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial (Open Archives Iniciative - OAI). Esse recurso, utilizado para periódicos de acesso aberto, permite o compartilhamento do trabalho para fins não comerciais com reconhecimento da autoria. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, o autor deverá informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Hawò. Assim sendo, ainda que a revista seja detentora da primeira publicação, é reservado aos autores o direito de publicar seus trabalhos em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, mesmo que o processo editorial não tenha sido finalizado.
É reservado à revista, o direito de realizar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical visando manter o padrão de língua, respeitando-se, porém, o estilo dos autores.