Nas fronteiras dos museus

processos museológicos colaborativos com povos indígenas em museus com acervos etnográficos no Brasil

Autores/as

Palabras clave:

Coleção etnográfica, Povos indígenas, Brasil, Processo museológico, Descolonização museal

Resumen

Nas últimas décadas, museus etnográficos ocidentais foram criticados por seus acervos, discursos e práticas coloniais. Pressionados a mudar sua relação e comunicação com a sociedade, muitos se lançaram em experiências decoloniais, visando processos museológicos mais dialógicos, especialmente com as comunidades associadas às suas coleções, como os povos indígenas. Este artigo delineia elementos conceituais sobre essa temática, apresentando alguns resultados de uma pesquisa de pós-doutorado que analisou oito museus no Brasil. Com foco em práticas colaborativas com povos indígenas, a investigação evidenciou o que Berta Ribeiro e Lucia van Velthem anunciavam desde os anos de 1990: que tais processos ultrapassam os limites das próprias coleções, transbordando as fronteiras dos museus. Talvez seja possível afirmar que se por um lado esses casos se norteiam por princípios da descolonização, por outro, revelam diferentes configurações de mediação cultural com os indígenas. No horizonte aponta-se para o desafio de tornar essas práticas políticas institucionais.

Biografía del autor/a

Adriana Russi, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, Brasil, adri.russitm@gmail.com

Doutora em Memória Social pela UNIRIO desde 2006 é docente do Departamento de Artes e Estudos Culturais da Universidade Federal Fluminense onde ministra disciplinas na graduação de Produção Cultural e na pós-graduação lato sensu em Etnoeducação. Temas de interesse: coleções etnográficas, msueologia social, educação patrimonial, artesanato e arte/educação. É lider do grupo de pesquisa do CNPq Etnoeducação, cultura e patrimônio

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Publicado

2022-10-03 — Actualizado el 2023-07-26

Cómo citar

RUSSI, A. Nas fronteiras dos museus: processos museológicos colaborativos com povos indígenas em museus com acervos etnográficos no Brasil. Hawò, Goiânia, v. 3, 2023. Disponível em: https://revistas.ufg.br/hawo/article/view/72162. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

"¡Ritxoko es oro!"