Prática da episiotomia: fatores maternos e neonatais relacionados

Autores

  • Luana Carolina Back Pelissari Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná, Brasil, luanapelissari2013@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-9698-1987
  • Adriana Zilly Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná, Brasil, aazilly@hotmail.com. https://orcid.org/0000-0002-8714-8205
  • Helder Ferreira Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná, Brasil, heelfer@gmail.com. https://orcid.org/0000-0003-0715-8057
  • Fabiana Aparecida Spohr Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), Foz do Iguaçú, Paraná, Brasil, spohrenf@hotmail.com.
  • Gabriela Dominicci de Melo Casacio Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná, Brasil, gabrieladominicci@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-9232-1682
  • Rosane Meire Munhak da Silva Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná, Brasil, zanem2010@hotmail.com. https://orcid.org/0000-0003-3355-0132

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v24.66517

Palavras-chave:

Episiotomia, Fatores Epidemiológicos, Trabalho de Parto, Enfermagem Obstétrica

Resumo

Objetivo: analisar a incidência da episiotomia e os fatores maternos e neonatais relacionados. Método: estudo transversal, retrospectivo, que analisou 11.809 prontuários de mulheres que evoluíram ao parto vaginal. Realizou-se o teste qui-quadrado para identificar os fatores relacionados (p<0,05). Resultados: a incidência da episiotomia foi 59,4%. Entre as mulheres que não sofreram episiotomia, 27,0% permaneceram com períneo íntegro e 13,5% tiveram laceração espontânea. Fatores maternos relacionados foram idade inferior a 19 anos, acompanhamento pré-natal adequado, primiparidade, dinâmica uterina presente, dilatação cervical entre 1 e 3cm, bolsa amniótica rota e trabalho de parto prolongado. Os fatores neonatais foram bebês a termo, peso ao nascer ≥2500g, Apgar ≥ 7, apresentação cefálica, intercorrências com o bebê e encaminhamento ao alojamento conjunto. Conclusão: a prática da episiotomia foi elevada, a qual deve ser desencorajada, com respeito a fisiologia do nascimento e a individualidade das mulheres, para o fortalecimento dos cuidados maternos.

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Publicado

18/01/2022

Como Citar

1.
Pelissari LCB, Zilly A, Ferreira H, Spohr FA, Casacio GD de M, Silva RMM da. Prática da episiotomia: fatores maternos e neonatais relacionados. Rev. Eletr. Enferm. [Internet]. 18º de janeiro de 2022 [citado 19º de abril de 2024];24:66517. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/view/66517

Edição

Seção

Artigo Original