Reflexões a respeito do financiamento das iniciativas de acesso aberto
analisando as políticas de taxas de processamento de artigos e de financiamento público em periódicos brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.5216/ci.v25.70326Palavras-chave:
Acesso livre, Periódicos científicos, Financiamento público, Taxas de processamento de artigosResumo
A diminuição de recursos financeiros disponíveis para pesquisa e o encerramento de periódicos de acesso aberto no Brasil em decorrência da crise política e econômica levam a questionar: se o acesso é livre aos leitores e não há cobrança de assinaturas, como financiar os periódicos acadêmicos e científicos? O objetivo do estudo é refletir sobre essa questão e apresentar um panorama da situação nacional utilizando abordagem quanti-qualitativa de caráter exploratório e descritivo, por meio de pesquisa bibliográfica concentrada no período entre 2016 e 2021. Os resultados da pesquisa bibliográfica demonstraram que os periódicos brasileiros dependem majoritariamente de verbas públicas, e mesmo os que cobram taxas de processamento de artigos são financiados indiretamente com essas verbas, pois são pagas também por financiamento de agências públicas de fomento. A internacionalização seria uma das causas do aumento dos custos para a manutenção dos periódicos. Há debate sobre a diminuição ou não das exigências para internacionalização de periódicos, o que poderia contribuir para reduzir os custos de publicação, mas implicaria prejuízos e isolamento da ciência brasileira. Uma solução apontada é a padronização e racionalização da alocação de recursos para o financiamento de taxas de processamento de artigos e periódicos, a exemplo da iniciativa PLAN S. A busca por soluções viáveis para a redução de custos e formas alternativas de financiamento é necessária para a manutenção dos periódicos científicos brasileiros.
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